A pouco mais de um ano para o início das convenções que definirão os candidatos para a eleição de 2018, já surgem nos bastidores os primeiros nomes da corrida eleitoral. Não significa que serão, de fato, esses os candidatos, mas já sinalizam como os partidos deverão se posicionar no ano que vem.
Leia mais
Sindicato dos Médicos institui prática do "dedo-duro", em Caxias
Silêncio do líder na Câmara enfraquece ações do governo Daniel Guerra
Postura do líder do governo é criticada na Câmara de Caxias do Sul
"Aí tem bandidagem", diz ex-governador Rigotto sobre denúncia de caixa 2
No PMDB, partido do governador José Ivo Sartori, a disputa interna será acirrada. O nome preferencial à Assembleia, e que conta, inclusive, com o apoio de Sartori, é o do secretário estadual de Governo, Carlos Búrigo. Atrás, vem o vereador Edson da Rosa, que deverá buscar apoio do Movimento Negro do partido para confirmar sua candidatura.
Com menos apoio dentro da sigla, o ex-vice-prefeito Antonio Feldmann também tem intenção de concorrer a estadual. Na última eleição, ele quis disputar uma vaga à Câmara dos Deputados, mas ficou inelegível ao assumir a prefeitura durante ausência do ex-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT). Feldmann, que hoje é diretor no Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, chegou a se negar a assumir o Executivo. Na disputa a federal, Mauro Pereira corre sozinho. Por enquanto.
A surpresa fica por conta do PT. Deputado federal em terceiro mandato e ministro no governo da ex-presidente Dilma Rouseff, Pepe Vargas deve concorrer à Assembleia. Essa possibilidade não é novidade no debate partidário. O discurso do petista seria a vontade de estar mais próximo de casa, como fez a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), que trocou Brasília por Porto Alegre em 2014. Porém, o motivo principal para trocar a disputa à Câmara pela Assembleia seria a cautela para garantir um mandato. Em 2014, Pepe fez 109.469 votos, 11.238 a menos do que em 2010, quando foi eleito com 120.707 votos.
A possibilidade de Pepe concorrer a deputado estadual tem causado desconforto dentro do partido. Marcos Daneluz, primeiro suplente de deputado do PT – ele fez 31.570 votos em 2014 – teria prioridade. Os vereadores Rodrigo Beltrão e Denise Pessôa também têm intenção de disputar uma vaga à Assembleia. Beltrão concorreu a deputado na última eleição e fez 5.969 votos. Já Denise foi a mais votada do PT na disputa à Câmara Municipal em 2016 e conta com a força política da ex-deputada Marisa Formolo.
A eventual opção de Pepe por concorrer à Assembleia pode inviabilizar as candidaturas dos demais interessados. Além disso, com a mudança, o PT precisaria lançar outro nome de peso a federal.
O ex-prefeito de Caxias do Sul Alceu Barbosa Velho deve ser a aposta do PDT à Câmara dos Deputados. Para a Assembleia, três nomes figuram: os do ex-deputado Vinicius Ribeiro, do vereador Rafael Bueno e do candidato a prefeito derrotado nas eleições 2016, Edson Néspolo. Presidente da GramadoTur, autarquia de turismo e cultura, Néspolo concorrerá pela Região das Hortênsias, já que está com o domicílio eleitoral em Gramado.
O PRB, que ganhou projeção com a conquista da prefeitura de Caxias, terá candidatura a deputado estadual. Será a da irmã do prefeito Daniel Guerra, Dalva Guerra. No final de março, ela foi empossada coordenadora do PRB Mulher de Caxias do Sul. Para federal, a tendência é apoiar candidato de fora.
Projeção feita pela Editoria de Política do Pioneiro tomando por base o cenário atual e a viabilidade política
PMDB
:: Consolidados: Carlos Búrigo (Assembleia), Mauro Pereira (Câmara dos Deputados).
:: Prováveis: Edson da Rosa (Assembleia).
:: À disposição: Antonio Feldmann (provavelmente Assembleia)
PT
:: Consolidado: Pepe Vargas (provavelmente Assembleia).
:: Prováveis: Marcos Daneluz, Denise Pessôa e Rodrigo Beltrão (todos à Assembleia). Os três nomes ficam prejudicados caso Pepe confirme sua intenção de concorrer a uma vaga à Assembleia.
PDT
:: Consolidado: Alceu Barbosa Velho (Câmara dos Deputados).
:: Prováveis: Edson Néspolo e Vinicius Ribeiro (ambos à Assembleia). No entanto, Néspolo e Vinicius são alinhados politicamente e disputariam um mesmo espaço, o que configura uma situação improvável.
:: À disposição: Rafael Bueno (Assembleia).
PRB
:: Consolidada: Dalva Guerra (Assembleia).
PTB
:: Consolidado: Adiló Didomenico. (Assembleia).
PP
:: Consolidado: Ovídio Deitos (Assembleia).
PCdoB
:: Consolidado: Assis Melo (Câmara dos Deputados).* O partido, focado na eleição ao Sindicato dos Metalúrgicos, não discute ainda o pleito de 2018.
PSB
:: Não há candidaturas colocadas no momento.
PSDB
:: Consolidada: Paula Ioris (Câmara Federal).