Bancada do PT pede informações sobre tratamento de esgoto em Caxias do Sul

A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul analisa nesta quarta-feira se encaminha ou não um pedido de informações à prefeitura sobre o sistema de tratamento e cobrança de tarifa de esgoto no Município, proposto pela bancada do PT. Na semana passada, Rodrigo Beltrão (PT) expôs na tribuna o início da cobrança de uma taxa do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), na chamada faixa de transição do tratamento de esgoto. Beltrão afirmou que, desde agosto, o Samae realiza a cobrança e, para ele, tecnicamente, não existe faixa de transição.

Em 2008, a Câmara aprovou lei de autoria do Executivo que criava uma nova faixa de cobrança, além das existentes (apenas coleta e afastamento e afastamento com tratamento do esgoto). A nova modalidade é voltada a áreas onde já existe uma estação de tratamento implantada, mas que ainda não atende toda a região que deveria porque a canalização não foi implantada completamente, segundo o diretor-presidente do Samae, Edio Elói Frizzo.

Beltrão questionou também o volume de esgoto que é efetivamente tratado pelo município. Ele recordou que, durante a campanha eleitoral para a prefeitura em 2012, a prefeitura afirmava que, ao final deste ano, a taxa seria de 86%. Segundo Beltrão, em dezembro, as informações do Samae davam conta de que o percentual seria de 58%. E, neste mês, o valor caiu para 42%.

De acordo com Frizzo, os 42% correspondem ao tratamento atual. Com a inauguração de duas estações de tratamento no início do próximo ano (Pinhal e Pena Branca), a taxa deve aumentar para mais de 60%. O tratamento em 86% do município corresponde ao total que deve ser atingido quando as redes de ligação às estações forem totalmente concluídas. No entanto, segundo o diretor, não há previsão para esta etapa.

- Depende de um trabalho permanente do Samae da ligação da rede com as estações. Não tem previsão, inclusive porque precisa buscar recursos para isso.