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Motorista suspeito de matar mulher atropelada em Bento Gonçalves se apresenta à Polícia Civil de Caxias

Caso foi registrado na madrugada do domingo de Carnaval (2). Outras três pessoas ficaram feridas, incluindo uma irmã da vítima fatal. O condutor foi indiciado por homicídio doloso qualificado consumado e três tentativas de homicídio qualificadas

Alana Fernandes

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Polícia Civil / Divulgação
Atropelamento foi na Rua Ciro Cini, no bairro Santa Rita, no domingo de Carnaval (2).

O motorista investigado por suspeita de atropelar e matar uma mulher de 46 anos no último dia 2 de março, em Bento Gonçalves, se apresentou à Polícia Civil de Caxias do Sul na manhã desta sexta-feira (21). Ele foi ouvido e encaminhado ao sistema prisional. O atropelamento resultou na morte de Sandra Letícia de Carli e em ferimentos em outras três pessoas. 

Segundo o delegado de polícia Rodrigo Veiga Morale, que conduz a investigação em Bento, o motorista afirmou aos agentes de Caxias que não teve a intenção de atropelar as vítimas. Ele estava acompanhado por uma advogada de defesa.

O motorista, que tinha um mandado de prisão preventiva em aberto, foi indiciado por homicídio doloso qualificado consumado e três tentativas de homicídio qualificadas. O inquérito foi remetido nesta sexta-feira (21) para a análise do Ministério Público.

Aline Lutieli, uma das quatro vítimas do atropelamento, deixou o Hospital Tacchini no último domingo (15) e se recupera em casa. Ela era irmã de Sandra. O estado de saúde das outras duas vítimas não foi divulgado.

Relembre o caso

O atropelamento ocorreu na Rua Ciro Cini, no bairro Santa Rita, na madrugada do dia 2 de março, domingo de Carnaval. Imagens de câmeras de segurança, divulgadas pela Polícia Civil, mostram o momento em que um grupo de pessoas está caminhando pela via, às 4h57min, quando um carro avança e o atinge.

O veículo fica parado por cerca de 30 segundos. Na sequência, acelera novamente, atropela outra vez Sandra Letícia de Carli e foge do local. A vítima morreu horas após dar entrada no hospital. Um homem e outras duas mulheres ficaram feridos na ocasião.

Contraponto

Em nota divulgada no dia 13 de março, por meio de vídeo enviado à reportagem, a advogada Angélica Zappas, que defende o motorista de 22 anos suspeito no caso, diz que "ele não possui antecedentes criminais, é trabalhador e não conhecia as vítimas". No entendimento dela, o rapaz não pode ser julgado de forma precipitada. Diz também que, no dia dos fatos, teria agido movido pelo medo de ser linchado.

"Ele está extremamente abalado com o ocorrido. Tanto ele quanto a sua família têm recebido graves ameaças de morte, fato que fez com que ele e os pais tivessem que sair de casa", dizia a advogada no vídeo.

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