O taxista vítima de um latrocínio (roubo com morte) na noite de terça-feira, em Caxias do Sul, estava trabalhando na função há cerca de sete meses, conforme relatos de colegas. João dos Santos Oliveira, 59 anos, atendia aos passageiros na Rodoviária de Caxias. O crime ocorreu na Rua Giovani Michelli, no bairro Pio X, por volta de 22h30min.
Conforme o colega de profissão Neri Vargas, 50 anos, Oliveira costumava fazer o horário da tarde na rodoviária, das 13h30min às 23h. Ele atendia no local há cerca de três meses. Logo que começou na função, Oliveira trabalhava em um ponto nas proximidades do Postão 24h.
Antes de ser taxista, ele havia trabalhado na Codeca como pedreiro em dois períodos: de 2010 a 2013 e de 2015 a fevereiro de 2017.
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— Era uma pessoa boa. Aqui todo mundo queria o bem dele — lamenta Vargas.
Conforme o presidente do Sindicato dos Taxistas, Adail Bernardo da Silva, não estão previstos protestos durante a manhã desta quarta-feira. Silva pretende solicitar uma reunião com o comandante da Brigada Militar e com a Polícia Civil de Caxias do Sul.
— Era um cara bem tranquilo. Que nós soubéssemos, ele não tinha desavença com ninguém. Sempre atendia bem os passageiros. Lamentamos muito — diz o presidente do Sindicato dos Taxistas, Adail Bernardo da Silva.
De acordo com o delegado Adriano Linhares, da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), policiais estão em diligências na manhã desta quarta e buscado imagens de câmeras de monitoramento. A polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha sido morto ao final da corrida, logo após sair do ponto em que trabalhava.
O último caso de assassinato envolvendo uma taxista em Caxias do Sul foi registrado em junho de 2016. Stefano Pinto Dorigatti, 29 anos, foi morto durante um assalto. Os primeiros relatos indicavam uma execução, porém as investigações da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) comprovaram um caso de latrocínio.