Os assaltos ao transporte coletivos voltaram a crescer em Caxias do Sul. Depois de um começo de ano preocupante, com 15 roubos a ônibus em janeiro, os crimes haviam diminuído em fevereiro, com nove registros. Depois dos 11 ataques em março, porém, os primeiros 20 dias de abril atingiram o pico do ano: 22 ocorrências, de acordo com a concessionária Visate.
As ocorrências incluem o roubo do dinheiro e de equipamentos de cobrança da empresa, além de pertences de passageiros. Os bairros mais atingidos foram Bela Vista, Cruzeiro e Lourdes, na zona leste da cidade, com nove assaltos cada.
Segundo o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12ºBPM), tenente-coronel Jorge Emerson Ribas, os ataques ao transporte coletivo foram o maior problema enfrentando pela Brigada Militar (BM) no ano passado em relação aos outros tipos de roubos, que tiveram queda.
— É a nossa maior preocupação hoje, de todo o efetivo. Mas é muito cíclico. Quando acontece uma incidência maior, efetuamos prisões e os índices baixam — explica o comandante.
A migração de locais onde ocorrem os assaltos também dificulta a ação da Brigada.
— Não existe uma localização tão exata. Ano passado, era Zona Norte. Agora, a Zona Leste. E não são assaltos planejados. O perfil do assaltante de ônibus é o de usuários de crack. O dinheiro que circula é pouco, então eles assaltam para consumir a droga e voltam a roubar. São roubos imediatistas — define.
O comandante alerta para a importância de a vítima fazer a comunicação rápida sobre o crime, permitindo que a viatura mais próxima possa se deslocar e efetuar prisão em flagrante, uma vez que ações preventivas são mais difíceis. Mesmo assim, Ribas adianta que a corporação já está planejando uma ação para tentar conter os assaltos a ônibus. A ideia é que soldados em estágio operacional acompanhem o trajeto das linhas com maior incidência no horário do fim da tarde e início da noite já a partir desta sexta-feira.