Em um intervalo de 66 dias, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte foi alvo de duas invasões criminosas que atentaram contra a segurança de pacientes e funcionários. A primeira, quando um agente foi morto durante o resgate de um preso, e a mais recente, na noite de sábado (11), quando um homem roubou 31 ampolas de morfina. Por isso, o sinal de alerta foi ligado e a promessa é buscar soluções para ampliar a segurança na unidade.
Desde 1º de julho de 2020, a Universidade de Caxias do Sul passou a ser a gestora da UPA Zona Norte. De acordo com o convênio assinado entre a Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), mantenedora da universidade, e a prefeitura, a instituição passou a responder pela administração, operacionalização e manutenção da unidade.
Após os crimes, foi especulado de que haveria um problema relacionado à equipe de segurança privada. Entretanto, Fabiane de Andrade, coordenadora administrativa da UPA, confirmou que o local não conta com nenhum agente de segurança, mas, sim, com uma equipe que trabalha no cuidado da portaria e no controle dos acessos ao local.
— Não temos segurança privada, apenas o pessoal do controle da portaria. É o que consta no contrato do convênio que temos com o município. Ele não prevê a contratação de seguranças — esclarece.
Ainda segundo Fabiane, os crimes recentes reforçaram a preocupação. Por isso, medidas para garantir a segurança serão debatidas ainda nesta semana.
— Em função dos últimos acontecimentos, vamos estudar junto à Secretaria de Saúde alternativas para garantir realmente a segurança do paciente, dos funcionários e das equipes que fazem parte da UPA. O fiscal do convênio está nos dando apoio nesse assunto e, nesta semana, vamos enviar um ofício. Precisamos analisar e estudar a melhor alternativa, que são várias, seja segurança armada, a Brigada Militar... Mas tudo isso depende da secretaria para a aprovação — explica Fabiane.
O secretário Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Paulo Roberto Rosa da Silva, lamentou o assalto de sábado. Ele ressaltou que a Guarda Municipal executa o trabalho da melhor maneira possível, ou seja, com rondas alternadas, mas infelizmente, não consegue evitar que esse tipo de situação aconteça.
— As equipes têm feito um trabalho de volante, verificando todos os espaços da cidade, sistematicamente. Mas, não tem como estar em todos ao mesmo tempo. Onde não tem guardas fixos, giramos 24 horas, mas não podemos ficar em um mesmo espaço. Infelizmente, atos como os recentes da Upa, aconteceram — lamenta.
Ainda segundo o secretário, o efetivo seguirá fazendo o trabalho volante pela UPA.