É Adiló Didomenico, da coligação Levanta Caxias (PSDB, PTB, Solidariedade, PSC e PROS), o prefeito eleito de Caxias do Sul para governar pelo período de 2021 a 2024. A vitória da chapa tucana, que tem Paula Ioris como vice, confirma o que se desenhava: os eleitores de candidatos de partidos que integraram os governos de José Ivo Sartori (MDB) e de Alceu Barbosa Velho (PDT), bem como de outras siglas de direita, reverteriam seus votos para derrotar o candidato de esquerda.
Um dos principais desafios é a promessa de passagem do transporte coletivo urbano a R$ 3,50. Em termos partidários, o PSDB superou o PT e chega pela primeira vez ao principal cargo político de Caxias (já foi vice com Francisco Spiandorello, no Governo Mário Vanin).
Pepe Vargas, da coligação Caxias Pra Frente (PT, PCdoB, PSOL), que tinha como vice Cláudio Libardi Jr. (PCdoB), venceu no primeiro turno com 34,17% dos votos contra 15,45% de Adiló, mas era muito difícil ampliar sua votação a ponto de derrotar o adversário. Adiló passou de 34.204 votos para 136.590. Pepe foi de 75.619 votos para 92.707 votos.
Os vereadores Adiló e Paula, que em 2019 foram favoráveis à cassação do prefeito Daniel Guerra (Republicanos) e por isso eram alvo de críticas, acabaram se consagrando. O resultado, assim como no primeiro turno, mostrou que o impeachment de Guerra foi assimilado ou, pelo menos, considerado aceitável, por uma parcela que condena a cassação mas não vota no PT.
Vale lembrar que as abstenções aumentaram, passando de 82.724 (24.79%) para 84.240 (25,36%). É muito voto, seja em função da pandemia ou pelo descontentamento com os nomes na disputa.