A homologação dos desligamentos dos trabalhadores que se inscreveram no Plano de Desvinculação Voluntária (PDV) da Marcopolo e da San Marino, encerrado no mês passado, estão ocorrendo nesta semana. A fabricante caxiense de ônibus confirmou que os "acertos" referentes ao PDV estão ocorrendo agora, mas que os desligamentos ocorreram ainda no final de setembro. Ao todo, 699 profissionais estão saindo da companhia.
O PDV da Marcopolo foi acordado em audiência na Justiça do Trabalho de Caxias do Sul, entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e a empresa. Somam-se aos desligamentos de agora, as demissões ocorridas em agosto que, conforme o sindicato, foram cerca de 100. Também, no início da pandemia, foram tomadas algumas medidas para evitar demissões, como férias coletivas, feriados estendidos, suspensão dos contratos de trabalho e redução de jornada.
Ainda não ocasião do anúncio do PDV, a Marcopolo justificou que os desligamentos ocorreram em função da queda de demanda no segmento de transporte de pessoas em função da pandemia. Em nenhuma outra crise enfrentada pela fabricante de ônibus, tantas pessoas saíram ao mesmo tempo, mas a direção da empresa já esperava o número elevado em função de se tratar de um PDV de adesão espontânea.
Entre os benefícios inseridos ao plano estão: extensão do plano de saúde e cesta básica de acordo com faixas salariais.
Leia também
"Não foi fácil", diz Daniel Randon sobre decisão de fechar a primeira unidade do conglomerado