A informação de que o laboratório de fotografia do Bloco T (Cetel), na Universidade de Caxias do Sul (UCS), seria utilizado para a produção de grafeno fez com que os alunos dos cursos de comunicação protestassem. Com receio de perder o espaço, utilizado por quem cursa fotografia, publicidade e propaganda, jornalismo e relações públicas, estudantes colaram cartazes na frente do Cetel e se manifestaram nas redes sociais. Os protestos começaram ainda na semana passada, quando técnicos da UCS visitaram o local para verificar a viabilidade técnica da instalação da fábrica de grafeno.
A UCS, no entanto, afirma que a produção de grafeno não será no Cetel. O diretor e administrador financeiro da universidade, Candido Luis Teles da Roza, garante que diversos prédios da instituição foram visitados, mas que o laboratório do Bloco T foi descartado. Porém, não adianta se o local já foi escolhido e nem quando começará a funcionar.
Para esclarecer melhor a situação, uma assembleia entre os alunos dos cursos de comunicação e um representante oficial da UCS ocorre nesta segunda-feira (19), às 18h30min.
O grafeno é uma das apostas do setor de pesquisa da UCS. O material, que tem como matéria-prima a base de carbono, da grossura de um átomo, altamente flexível e condutor de eletricidade e calor, é comparado ao silício por acelerar ainda mais a corrida para eletrônica do futuro. A universidade anunciou em maio os planos para a produção em escala industrial do grafeno, considerado o material mais leve e forte do mundo.