O Pioneiro está publicando, por ordem alfabética, entrevistas com os 8 concorrentes melhores colocados nas três últimas pesquisas do Ibope para o Senado. Os gaúchos irão votar em 7 de outubro duas vezes para senador.
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O quinto entrevistado é Luis Carlos Heinze, 68, do PP. Heinze nasceu em Candelária, no Vale do Rio Pardo. Ocupa o quinto mandato na Câmara dos Deputados, sendo o mais votado em 2014, e foi prefeito de São Borja de 1993 a 1996. Chegou a ser anunciado como pré-candidato a governador pelo partido, mas o PP desistiu de lançar nome ao governo e decidiu apoiar o PSDB, após a senadora Ana Amélia Lemos (PP) aceitar ser a candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência. Recentemente, Heinze manifestou apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), concorrente de Alckmin.
1. Qual o principal problema que o RS enfrenta, na sua opinião?
Tenho dito faz tempo: o Rio Grande do Sul perdeu espaço e dinheiro. A dívida do Estado com a União consome cerca de 30% do nosso orçamento anual. Dinheiro que falta para a educação, saúde, segurança e até para pagar o funcionalismo. Só o que o Rio Grande tem a receber da Lei Kandir (que isenta de ICMS produtos e serviços destinados à exportação) representa cerca de 80% do que devemos. Precisamos acabar com a injustiça dessa dívida e permitir que o Estado possa voltar a crescer, se desenvolver e gerar oportunidades para todos os gaúchos.
2. Qual a principal bandeira que o senhor pretende levar para o Senado?
Os principais anseios da população atualmente são o combate à corrupção, segurança, saúde e educação. Esses três últimos passam pela renegociação da dívida com a União. No Senado, vou liderar um movimento nacional e reunir governadores, deputados e senadores de todos os Estados que devem para o governo federal. Não é uma comitiva de um governador que vai resolver. É a pressão de mais da metade do país que vai solucionar definitivamente esse impasse. Defendo a revisão do Estatuto do Desarmamento, o que devolveria ao cidadão de bem o direito à autodefesa. No combate à corrupção, como já fiz na Câmara, trabalharei contra o foro privilegiado.
3. Qual sua posição sobre o regime de recuperação fiscal?
Não faria o acordo (de renegociação com a União nos termos propostos), porque acredito que temos de discutir melhor a Lei Kandir. Como senador, vou trabalhar por esse encontro de contas. Temos de usar a força política dos Estados que são devedores e que têm dinheiro a receber para forçar isso.