A abertura da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Caxias do Sul, uma das promessas de campanha do prefeito Daniel Guerra (PRB), deve ficar para meados do segundo semestre. Em audiência na tarde desta quarta-feira, na Justiça Federal, os procuradores do município solicitaram um prazo de mais seis meses para a unidade começar a atender. Ou seja, em princípio, a UPA só deve abrir as portas à população entre agosto e setembro.
Leia mais:
Pelo menos 19 UBS de Caxias têm prejuízos no atendimento médico
Prefeitura de Caxias envia caminhões com doações para São Francisco de Paula
Após suspensão da greve, Sindicato dos Rodoviários, em Caxias, ainda aguarda proposta de dissídio
Festa da Uva notifica todos empreendimentos que utilizam as réplicas para deixar espaço
O novo prazo para a abertura da unidade se baseia, principalmente, na falta de repasses dos governos federal e estadual. Porém, representantes da União e do Governo do Estado presentes na audiência justificam que sem o efetivo funcionamento da UPA, não é possível destinar as verbas pretendidas.
A Secretaria Municipal da Saúde estima que a unidade necessite de cerca de R$ 20 milhões por ano para funcionar, sendo que cerca de R$ 8 milhões viriam das esferas estadual e federal. Sem esse apoio, os procuradores do município alegam que o serviço seria prejudicado.
Outro ponto que também atrasa o início dos atendimentos é o processo de seleção de uma empresa sem fins lucrativos para administrar a UPA. Em janeiro, foi publicado no Diário Oficial de Caxias do Sul o prazo para a qualificação das interessadas em prestar o serviço. A partir da próxima semana, o município deve decidir qual será a responsável pela contratação e gerência dos funcionários da unidade, que engloba médicos, enfermeiros, técnicos, recepcionistas e vigilantes, por exemplo. Até o momento, ao menos seis entidades com experiência em gerenciamento de UPAs manifestaram interesse em administrar a unidade de Caxias.
Se a Justiça acatar a solicitação de mais seis meses, o antigo limite de 180 dias, que corre desde janeiro deste ano, será suspenso. Essa decisão ainda deve passar por avaliação do Ministério Público Federal (MPF), que aguarda a documentação comprobatória sobre o atual andamento do processo de abertura da UPA.