Familiares ainda buscam entender o motivo do sequestro de Creuza Botelho Vargas, 46 anos, ocorrido em Campestre da Serra no início da noite de terça-feira. A vítima está há mais de 18 horas em posse de um criminoso. O caso é investigado pela Polícia Civil de Vacaria, que realiza buscas pela região e colhe depoimentos de familiares.
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O crime ocorreu por volta das 18h45min, quando Creuza retornava para casa, com o marido de 55 anos, após participarem de leituras religiosas como Testemunhas de Jeová. De acordo com o enteado de vítima, Carlos Vargas, o houve emboscada em uma estrada vicinal no Distrito de São Manoel.
– É uma estrada rural, de difícil acesso e bastante mato. Este criminoso bloqueou o caminho com uma caminhonete prata e diversos arbustos. Quando meu pai parou o veículo para entender o que estava acontecendo, surgiu este homem encapuzado e com uma arma longa – conta.
O sequestrador mandou o marido deitasse no chão e falou que ia levar a mulher, que foi obrigada a embarcar na camionete prata. Não foi roubado nenhum outro valor.
– Ele falou para o meu pai ficar perto do celular pois quereria dinheiro. O meu pai perguntou quanto e ele respondeu R$ 1 milhão. Meu pai respondeu que não tinha tudo isso. O sequestrador respondeu R$ 500 mil e foi embora. É estranho. Nossa família não tem posses para todo este valor – relata Carlos Vargas.
Creuza é casa há 15 anos e morava em Caxias do Sul. Cerca de quatro anos atrás, após a aposentadoria do marido, decidiram por morar no interior de Campestre da Serra. A intenção era desfrutar de um ambiente tranquilo. Sua rotina era cuidar da plantação de laranjas e amoras e se dedicar a fé.
– Participar da Igreja era o divertimento deles. Não dá para entender. Este criminoso não levou nada, só queria ela. Até o final da manhã não fez nenhum contato com família. Está tudo muito estranho – lamenta Vanderlei Vargas, cunhado da vítima e morador de Criúva, em Caxias.