O cunhado de um dos autores do ataque contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo em 2015 concordou nesta quarta-feira em ser extraditado para a França a partir da Bulgária, durante uma audiência em Sofia.
"Eu quero uma extradição imediata para a França", disse Mourad Hamyd, ao assinar o documento com o seu consentimento, constatou um jornalista da AFP.
Hamyd, cunhado de Chérif Kouachi, um dos dois irmãos que em janeiro de 2015 matou 12 pessoas na sede da revista em Paris, foi detido pelas autoridades búlgaras em 28 de julho depois de ser devolvido pela Turquia.
Ele é suspeito de ter tentado se juntar ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria.
Sua extradição será formalmente emitido na terça-feira, 16 de agosto, informou o tribunal.
Hamyd terá que responder na França, de acordo com uma ordem de detenção europia, pela acusação de "associação criminosa com fins terroristas", punível com dez anos de prisão.
Ele havia entrado na Bulgária por trem em 26 de julho, passando pela Hungria e Sérvia, embora naquele momento não fosse alvo de qualquer ordem de prisão. Só havia uma anotação por "desaparecimento preocupante", denunciado por sua irmã na França no início de julho.
Ele tentou entrar na Turquia dois dias depois, mas foi capturado e devolvido ao país onde tinha cruzado a fronteira.
Sua viagem "corresponde àquela empreendida pelos voluntários jihadistas que querem se juntar ao Estado Islâmico na Síria ou no Iraque", indica a ordem de detenção francesa.
Em janeiro de 2015, Mourad Hamyd havia sido detido por 48 horas na França, um dia depois do ataque a Charlie Hebdo. Ele foi libertado sem acusações.
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