Forma utilizada na arquitetura e no design de ambientes, o design biofílico busca aproveitar a afinidade entre seres humanos e natureza, com o intuito de criar espaços onde se possa viver de forma mais leve e saudável. O termo, cunhado pelo psicólogo e filósofo Erich Fromm, em 1964, começou a ser bastante difundido apenas 20 anos depois, em 1984, pelo biólogo Edward Osborne Wilson. Wilson lançou um livro intitulado Biofilia, onde buscava explicar a conexão entre homem e natureza.
A prática também começou a ser adotada na arquitetura e no design de interiores, e tem ganhado cada vez mais adeptos. Para entender melhor a relação entre seres humanos e meio ambiente aplicada ao biofilismo, conversamos com a arquiteta e professora Ana Lúcia de Salles, coordenadora do Curso de Design de Interiores, do Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG, que nos explicou mais sobre esse estilo e qual o espaço dele no mercado.
O que é design biofílico?
Ana Salles resume o design biofílico destacando que ele, em primeiro lugar, incentiva a aproximação das pessoas que vivem em zonas urbanas com a natureza. “Tem a ver com a aproximação das pessoas que moram e trabalham nas zonas urbanas com uma micro paisagem, com áreas verdes estrategicamente instaladas em paredes, sacadas e terraços, na busca de uma qualidade de vida junto à natureza”, explica.
A coordenadora também ressalta esse contato necessário entre pessoas e meio ambiente, afirmando que é uma questão de retomar a essência humana. “O ser humano é naturalmente ligado à natureza desde a sua ancestralidade, tanto que podemos observar que sempre que podemos buscar parques, praças, praias, entre outras, para descansar a mente e o espírito, assim fazemos”.
Conforme Salles, o ambiente urbano fez com que muita dessa ligação fosse perdida. “Então a proposta de colocação de plantas ao nosso redor está diretamente ligada à baixa da ansiedade e do estresse. Essa aproximação tem como efeito ambientes sadios e agradáveis, tem a ver com a sensibilidade da cor, do toque e dos aromas”, enfatiza. Na arquitetura, fachadas “verdes” pretendem suprir o bem-estar dos usuários e transeuntes que passam a conviver com a dureza da cor cinza das pavimentações e da maioria das edificações causando um alívio, “espaços de respiro” enquanto convite à apreciação do belo, tão necessário e tão escasso atualmente.
O conceito de Urban Jungle e o impacto do design biofílico no setor
A professora Ana Salles explica que o termo Urban Jungle - floresta urbana - está ganhando mais espaço entre os designers. “Vem de encontro à proposta de bem-estar. O Urban Jungle tem como linha decorativa a ousadia no uso de plantas de médio porte nos ambientes residenciais de quaisquer dimensões. É, literalmente, uma floresta em algum ou vários locais da casa ou do ambiente de trabalho.
Sobre o impacto do design biofílico no mercado de trabalho, Ana Salles destaca que, por mais que o interesse tenha aumentado, ainda é algo que caminha lentamente. “É um conceito que está sendo implantado aos poucos, acredito que a falta de conhecimento em jardinagem faz com que as pessoas tenham receio do tempo e cuidados que as plantas exigem e por isso evitam. Não se dão conta, contudo, de que essa é uma ótima terapia”.
Como a FSG trabalha esse e outros estilos?
Segundo Ana Salles, o currículo dos cursos da FSG tem como objetivo primordial preparar os estudantes para o mercado de trabalho. “Em todas as áreas de conhecimento, a FSG tem a proposta de preparar o estudante para o mercado de trabalho através do desenvolvimento de conteúdos atualizados e super alinhados com o mercado. Desta forma, a instituição se destaca pela excelência dos professores que são profissionais atuantes e com experiência”.
A professora ainda dá um conselho aos estudantes que optarem pelo design de interiores e, possivelmente, o design biofílico como foco de trabalho e estudo. “Em se tratando de uma área de atuação que está em ascensão já faz algum tempo, aconselho sempre a terem paciência e dar tempo ao tempo, para que se tornem maduros o suficiente para encarar o mercado de trabalho como autônomos”, explica.
Por fim, Ana Salles comenta como essa maturidade profissional poderá ser atingida. “Essa maturidade vai ser atingida através do aprofundamento de estudos nas mais diversas áreas e também na busca por estágios e trabalhos afins do design de interiores. São várias as competências que devem ser desenvolvidas por esse profissional, e sabemos que a prática só pode ser adquirida com a prática, sem dúvida nenhuma”, conclui.
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