Integrantes do Senalba, sindicato que representa profissionais da educação infantil de Caxias do Sul, fizeram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (10), para pedir melhores condições de trabalho. O ato teve início por volta de 8h30min e ocorreu por cerca de 30 minutos em frente à Secretaria Municipal de Educação (Smed). As reclamações envolvem a rede compartilhada de educação infantil, que envolve administração terceirizada.
Com carro de som, cinco representantes da entidade listaram o que apontam ser uma série de dificuldades enfrentadas pelos profissionais das 50 escolas geridas por quatro entidades contratadas pelo município. Entre os problemas estão a falta de profissionais e materiais adequados em todas as áreas das instituições.
Conforme Claiton Melo, presidente do Senalba, 6 mil crianças são atendidas pela rede compartilhada, que deveria reunir 700 profissionais. Atualmente, contudo, faltam pouco mais de 60 pessoas e ao longo do ano chegou a passar de 90. Ele afirma que a entidade decidiu pela manifestação a dias do fim do ano letivo porque demandas apontadas desde o início das aulas não foram solucionadas.
— O poder público senta (para conversar), mas não resolve. Um fica jogando pro outro e o ano passa. São questões que mostram o adoecimento de uma categoria — reclama.
Segundo o sindicato, a falta de profissionais faz com que educadoras que deveriam atender entre 13 e 22 estudantes precisem ficar com turmas misturadas em alguns momentos do dia. Além disso, estão uniformes inadequados e falta de ventiladores e exaustores para profissionais que atuam nas cozinhas, entre outras questões.
O que diz a secretaria
Questionada, a Smed encaminhou a seguinte nota:
"Parte da diretoria do Senalba foi recebida pelo secretário da Educação, Edson da Rosa, com a pauta do início do ano letivo das escolas de educação infantil de gestão compartilhada. A reivindicação sugeria o retorno com atendimento às crianças, no dia 3/2.
A secretaria atendeu prontamente a demanda, uma vez que é um movimento que potencializa a ação pedagógica. A outra demanda apresentada pelo sindicato está em estudo e viabilidade jurídica.
A Smed reforça que está comprometida com a construção coletiva da Educação da cidade e aberta ao diálogo. Reitera a comunicação próxima e respeitosa como diretriz para a resolução de qualquer desafio no planejamento da Educação Infantil".