As sete cores do arco-íris se espalharam pela Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul, neste domingo (3) para a 24ª Parada Livre. Com o tema Mais amor e menos ódio, o evento foi aberto ao público e contou com diversas atrações musicais do Estado.
No entorno da praça, food trucks, bandeiras, itens decorados e bebidas eram opções encontradas a venda para o público. Conforme divulgado nas redes sociais pela organização do evento, a Parada Livre é uma forma de celebrar a diversidade e chamar atenção para o respeito pelas diferenças.
— Esse tipo de evento é muito importante para expor a nossa cultura, expor o que a gente é, mas sem a vulgaridade que muitos acreditam que nós temos. Nos expõem muitas vezes como se fôssemos pessoas vulgares, mas na verdade não é isso. Nós queremos ter a nossa história sendo contada e esse evento é uma forma de mostrar isso. Estar aqui é uma forma de mostrar que somos alegria, temos problemas como todo mundo, mas queremos compartilhar a nossa liberdade e a nossa alegria — diz o participante do evento Anthony Borges, 23 anos.
Além das manifestações artísticas e culturais, a Parada Livre também foi um espaço para que o público exibisse com orgulho as cores da bandeira da comunidade LGBT+ e reforçasse o pedido por respeito.
— A Parada tem uma importância crucial, porque traz à tona toda a necessidade de respeitar, aceitar e dar lugar a todas as pessoas diferentes, as pessoas que precisam desse espaço, de terem os seus direitos reconhecidos, ter inclusão social. É uma forma de mostrar o nosso orgulho por sermos quem nós somos — diz Mário Costa Neto, 61.
Conforme divulgado pelos organizadores, o evento de Caxias do Sul teve como finalidade seguir na luta em favor da erradicação do preconceito e também pela valorização da dignidade da vida para todos os cidadãos e cidadãs LGBTQIA+.
Além disso, o local também foi palco para que cada um se expressasse da forma que preferisse. Quem olhasse de longe para a Praça Dante Alighieri poderia ver os rostos cobertos de glitter, cabelos coloridos e as danças ao ritmo das músicas tocadas.
— Sou a top Drag de Caxias do Sul há 20 anos, e cada ano tento me reinventar e participar do evento com uma cor diferente. Se não for para sair de casa e causar eu nem saio (risos). Esse evento fala muito sobre a necessidade de combater o preconceito. Várias pessoas morreram para nós estarmos aqui hoje. Sempre busco marcar presença nos eventos para reforçar a nossa luta e mostrar que o preconceito ainda é muito forte — conta Francielly Fontanive, 35.
Os leques bateram ritmados ao som de músicas que iam de Rebeldes a Beyoncé, enquanto o chafariz da praça parecia acompanhar e também aproveitar o evento. Com um clima de celebração e alegria, as 48 atrações da Parada Livre reforçaram a luta por direitos, com a mensagem de que amor e respeito são direitos de todos.