Depois do rompimento de uma adutora que comprometeu uma encosta das margens da Rota do Sol, em Caxias do Sul, é a condição do asfalto que tem atrapalhado os motoristas atualmente.
Em maio, a tubulação principal que recebia água do represa Marrecas não resistiu aos dias consecutivos de chuva e rompeu. O dano causou o desmoronamento de uma encosta no sentido Serra-Litoral, na altura do km 158 da RS-453, e chegou a bloquear o trânsito.
A recuperação do talude foi encerrada após o Samae concluir a transferência da adutora que abastece cerca de 27% da população de Caxias. Os custos com materiais para realizar o desvio de cerca de 600 metros foram estimados em aproximadamente R$ 3,7 milhões.
Para estabilizar o barranco entre a Igreja de São Nicolau e o trevo de acesso a Fazenda Souza, árvores foram cortadas, mas os troncos permanecem no local. De acordo com a prefeitura, limpeza e recuperação do pavimento danificado são agora de responsabilidade do Daer.
Enquanto os serviços não acontecem, motoristas que passam por ali percebem a dificuldade que é transitar pelo local.
Morador de Vila Seca, Gilceu Cantelli, 66 anos, passa pelo trecho todos os dias e observa situações como pneus furados e veículos invadindo a pista contrária para desviar de buracos.
— É uma obra abandonada, com pedregulhos invadindo a pista, troncos enormes de árvores na encosta, canos de água abandonados na beira da rodovia e asfalto com uma vala no meio da pista. Acontece seguido de ver gente parada trocando o pneu — relata.
O que diz o Daer
Por meio da assessoria de imprensa, o Daer disse que o trecho está incluído no Plano Rio Grande, aprovado no dia 24 de maio e que propõe medidas para atenuar os impactos causados pelas enchentes que assolaram o Estado em 2024:
— O ponto da adutora do Samae está incluído na recuperação da Rota do Sol, que está nas rodovias prioritárias que contemplam o Plano Rio Grande, e está na fase de instrução técnica para contratação ainda este ano — diz o comunicado.