Passados cinco meses desde que a intensa chuva atingiu e devastou o Rio Grande do Sul, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou que a BR-470, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, deverá ter o trânsito liberado até o final deste ano.
Conforme o supervisor regional do Dnit, Adalberto Jurach, a expectativa é que até dezembro um trecho do km 189, levado pela força da água em maio, seja recomposto. O ponto em questão fica cerca de três quilômetros depois da ponte do Rio das Antas, no lado de Veranópolis.
— O quilômetro em questão está com a largura reduzida em razão da chuva. Mas, acredito que até dezembro esse ponto esteja recuperado, com largura possível para o trânsito fluir nos dois sentidos. A partir disso conseguiremos fazer a liberação do trânsito durante o dia e à noite – explica.
Atualmente o trânsito no local também flui no modelo pare e siga, com espera para a passagem no km 189. Segundo Jurach, o tempo médio para percorrer a rodovia varia de 40 minutos até uma hora.
Conforme o supervisor, a liberação deverá manter o modelo pare e siga em alguns pontos. Contudo o fluxo será mais ágil já que o trecho que causa lentidão deverá ser liberado. As obras de recuperação na BR-470 devem seguir por mais dois anos. O planejamento do Dnit indica que mais 90 obras serão contratadas e executadas ao longo da rodovia.
Atualmente, quatro trechos passam por intervenções. São eles km 187 (recebendo uma tela de contenção); km 189 (obras de contenção e recuperação da pista); km 198, em Bento Gonçalves (obras de contenção); e no km 200, (instalação de uma grande cortina de contenção).
— No quilômetro 200 já reconstruímos a largura da rodovia. A cortina atirantada vai servir para estabilizar a encosta onde está o trecho. As últimas semanas com chuva acabaram interferindo um pouco. O trabalho ali depende de furar pedras para contê-las e impedir que caiam na rodovia. Mas o ritmo continua intenso, as obras estão acontecendo — afirma.
"Rodovia resiliente"
Na avaliação de Jurach, após a conclusão das obras, a BR-470 se transformará em uma “rodovia resiliente”. Na prática, as intervenções feitas rodovia, permitirão maior resistência à danos em futuros episódios de instabilidade climática intensa.
— Esses pontos, recebendo tratamento, possivelmente terão uma condição mais segura e capacidade de resistir a ocorrências intensas e ter menos danos — explica.