Qual a velocidade máxima que pode atingir um caminhão de corrida de quase cinco toneladas? A dúvida dos fãs da Copa Truck também intriga os profissionais da Fras-le, fornecedora exclusiva de pastilhas de freio da categoria. Neste mês, durante a passagem dos possantes pelo estado para a disputa da etapa de Tarumã do circuito, a fabricante caxiense aproveitou para promover testes de frenagem e de velocidade máxima com um dos veículo de prova, no ambiente controlado.
A ação ocorreu no Centro Tecnológico Randon, em Farroupilha. Um caminhão Mercedes Actros, da equipe ASG Motorsport, foi o escolhido para ser testado. Isso porque o piloto da equipe ASG Motorsport, Jaidson Zini, é patrocinado pela Rands, outra empresa do grupo Randoncorp, assim como a Fras-le.
A principal curiosidade dos técnicos era saber qual a velocidade máxima que poderia ser atingida pelo caminhão, sem os radares que limitam a aceleração durante as provas. Apesar da pista molhada, por conta do dia chuvoso, o piloto acelerou acelerou até a marca de 207 km/h (o resultado dos testes de frenagem, nas velocidades de 60km a 0km, 90km a 0km, e 120km a 0km, não foram divulgados pela empresa).
Desde 2021, quando a competição que reúne os caminhões mais rápidos do planeta optou pela padronização de alguns implementos a fim de dar mais equilíbrio e paridade de custos, os veículos da categoria passaram a utilizar um sistema de frenagem desenvolvido pela caxiense Fras-le. Há 70 anos no mercado, a empresa vê no automobilismo, cada vez mais, uma vitrine para espalhar ainda mais seus produtos pelo mundo todo.
— A gente trabalha com algumas vertentes como exposição da marca e relacionamento com o cliente, proporcionando experiências onde ocorrem as corridas, mas também enxergamos a importância do automobilismo para o desenvolvimento de produtos. Nosso produto é colocado sob estresse absoluto, em velocidade de competição e em condições que não se veem em rodovias — comenta Cleber Bernuci, assessor de comunicação da Fras-le.
O consultor de marketing de produto da Fras-le, Robson Lipniarski, explica ainda que, embora o produto desenvolvido para as pistas de corrida não sejam os mesmos que vão para as rodovias, o trabalho com a Copa Truck habilita a empresa a cada vez mais trabalhar com tecnologias e materiais que conseguem responder ao mais alto grau de exigência.
— Os conceitos são os mesmos que a gente usa para os materiais que vão para o dia a dia. Tanto é que o engenheiro é o mesmo que vai desenvolver os produtos que vão para as cargas de transporte de cargas, de grãos e de passageiros. A Fras-le sempre se preocupa em oferecer a pastilha de freio ou a lona de freio mais adequada para todos os clientes, que têm exigências diferentes, de acordo com o ambiente e a condição em que ele roda. Um cliente pode rodar mais na serra, outro mais no plano, um pode rodar na neve, outro no calor mais extremo — explica.