A atenção prioritária do Corpo de Bombeiros de Caxias do Sul segue no bairro Galópolis, depois que a comunidade teve cinco mortes registradas em função de deslizamentos de terra causados pela chuva que atingiu a cidade desde a semana passada. Outras três pessoas ainda permanecem desaparecidas até a noite deste domingo (5). Até o momento, foram localizados os corpos de três homens e duas mulheres. Leandro Fortes Carvalho, de 52 anos, foi a única vítima oficialmente identificada.
O comandante do 5° Batalhão de Bombeiro Militar, tenente-coronel Márcio Müller Batista, garante que as buscas no local estão mantidas com o efetivo de 26 soldados. O segundo foco da operação em Galópolis, de resgate de pessoas em áreas de risco que também registraram deslizamentos, resultou na retirada de mais 20 famílias no domingo (5). Com isso, 220 já foram evacuadas.
— Neste domingo, nós tivemos apoio do filho do casal que está sendo procurado para localizar a casa. Trabalhamos em conjunto com o canil dos bombeiros, e o cão nos indicou o local próximo de onde as vítimas podem estar. Quando estávamos avançando, ocorreu outro desmoronamento. Os homens tiveram de fazer uma manobra de emergência para poderem sair. Mas agora temos uma indicação — confirma o comandante.
De acordo com um levantamento divulgado no domingo (5) pelo comando 5° Batalhão, que responde pelos trabalhos na Serra, 28 mortes relacionadas à chuva já foram registradas na região. Além das cinco mortes em Caxias, Bento Gonçalves com oito, Veranópolis com cinco, Gramado com oito e Canela com duas são outras cidades com vítimas confirmadas.
Exército intensifica presença na comunidade
Com a saída das 220 famílias das áreas de risco em Galópolis desde o início da operação de resgate, a proteção das moradias está sob responsabilidade das Forças Armadas. São 20 homens do Exército permanecerão no bairro até que a normalidade seja retomada. A garantia é do tenente-coronel George Koppe Eiriz, que comanda o 3º Grupo de Artilharia Antiaérea de Caxias do Sul.
— É um trabalho de controle de área. O nosso objetivo é a presença do Exército, e está tendo um efeito psicológico bastante positivo. Algumas pessoas estão com medo do que vai acontecer. Então, a nossa presença ali é que está trazendo também um sentimento de segurança para a sociedade. Como há o risco de deslizamento até mesmo em uma área maior do que previsto inicialmente, vamos ficar o tempo que for necessário — aponta.