O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) confirmou que a recuperação da ponte entre São Marcos e Campestre da Serra, no Km 95,7 da BR-116 será realizada por meio de contrato emergencial. A estrutura sobre o Rio das Antas está bloqueada desde 4 de setembro por motivos de segurança.
A possibilidade já havia sido ventilada pela prefeitura de São Marcos, que aguardava pela realização do laudo, elaborado após visitas técnicas do Dnit ao local. Ainda de acordo com o órgão nacional, o valor do investimento e a forma como a reforma irá ocorrer será divulgada apenas ao fim da elaboração do projeto.
Ao prefeito de Campestre da Serra, Moacir Zanotto, o prazo para liberação da ponte foi informado em no mínimo seis meses. Enquanto isso, negócios como restaurantes e oficinas na beira da estrada são amplamente afetados pela falta de movimento. Motoristas têm utilizado a RS-122, entre Antônio Prado e Flores da Cunha, como alternativa.
— A previsão é de no mínimo seis meses para o conserto dos pilares que foram danificados. É um problema sério, o comércio do asfalto morreu, não passa mais ninguém. Tem borracharia, restaurante e dois postos de gasolina que estão sendo afetados — contou Zanotto.
Construída em 1907, a Ponte dos Korff liga o interior do município ao distrito de Criúva, em Caxias do Sul, e é outra alternativa para a viagem a Caxias e também para a Capital do Estado. O trecho é utilizado por moradores com consultas marcadas nas cidades referência em saúde. No entanto, o deslocamento pode aumentar em até uma hora.
Em outro ponto, para acessar a RS-122 também é preciso encarar 20 quilômetros de estrada de chão para chegar em Antônio Prado pelo município de Ipê e, então, acessar a rodovia estadual.
— A volta é grande, pega estrada de chão e para pessoas que estão doentes não é o ideal — disse o prefeito.
Em São Marcos, a conexão com Vacaria é prejudicada, assim como os serviços prestados a agricultores da região. Ao prefeito Evandro Kuwer, o Dnit informou que o processo para contratação da empresa responsável pela obra iniciaria até o final de setembro.
— Nossa prestação de serviços é muito voltada para agricultores. Temos mecânicas e chapeações que são referência no conserto de caminhões e também empresas com colaboradores de municípios vizinhos — disse Kuwer.
Para o proprietário de uma delas, César Bolsan, a redução é de até 30% e os negócios podem ser ainda mais afetados com a proximidade das safras de verão.
— Vamos perder mais, porque com a chegada da safra da uva muita gente faz revisões do maquinário nas oficinas de São Marcos — afirmou.