Os dias mais frios do inverno exigem esforços para acolher quem mais precisa. Por isso, o albergue municipal de Farroupilha atende a população em situação de rua durante todo o dia. Até o início de junho, a estrutura funcionava entre 19h e 7h, ou seja, servindo como referência apenas para pernoitar. Agora, com a possibilidade de permanecer no espaço durante o dia, o local passou a oferecer também almoço, além de continuar servindo café da manhã, café da tarde, e espaços para banho, higiene pessoal e para passar a noite.
O albergue em Farroupilha fica na Rua José Francischini, 71, no bairro Planalto, e tem a capacidade para atender até 12 homens e duas mulheres, tendo elas um quarto especial para vítimas de violência doméstica. Atualmente, há nove pessoas acolhidas no local. Elas ficam, em média, durante três dias, mas cada caso é analisado para atender a demanda e permitir um serviço digno e eficaz, evitando que as pessoas retornem para as ruas.
— Em média, mantemos 70% de ocupação no nosso albergue durante o ano, ou seja, é um serviço importante e que acolhe que mais precisa. No inverno, sentimos essa necessidade de aumentar aquilo que vinhamos fazendo para permitir um acolhimento melhor das poucas pessoas que precisam de um lugar para ficar — explica o secretário municipal de Habitação e Assistência Social de Farroupilha, Jorge Cenci.
Podem procurar o albergue em Farroupilha pessoas em situação de rua, vítimas de violência doméstica que já tenham passado pelo atendimento na Coordenadoria da Mulher, ou pessoas vítimas de sinistros que perderam suas residências. Os atendimentos no albergue são encaminhados através do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS).
Em Caxias do Sul, são três casas para pessoas em situação de rua
Em Caxias do Sul, as três casas de passagem do município operam 24 horas por dia durante o ano todo. Na cidade, há três locais destinados aos moradores em situação de rua: a Carlos Miguel, a São Francisco de Assis e a Santa Dulce. Para o inverno, a rede de apoio foi ampliada com 34 novas vagas, sendo 20 masculinas no Santa Dulce, oito masculinas na Casa Carlos Miguel e seis femininas na Casa São Francisco.
Ao todo, com a ampliação, são 154 vagas para acolhimento. Espaços para homens, mulheres e também animais de estimação, uma vez que existem canis nas unidades para acolher a todos. Para quem fica abrigado, além de alimentação e acomodação, há assistência médica e psicológica e ajuda para voltar ao mercado de trabalho. As três casas são coordenadas pela Associação Mão Amiga com repasse de recursos da Fundação de Assistência Social (FAS).
Nos últimos meses, segundo a presidente da FAS, Geórgia Ramos Tomasi, a entidade fez um levantamento da população que acessa o serviço das casas de passagem: 51% dos usuários são pessoas de outras cidades, que vieram a Caxias e perderam o emprego ou quem está em viagem, em busca de oportunidades, e precisa de um local temporário para permanência.
— Observamos também uma mudança de perfil. São pessoas idosas e também aquelas que possuem poder econômico, mas, por algum tipo de transtorno mental, acabam indo para as ruas e precisando desse acolhimento em algum momento — explica.
A porta de entrada para o serviço é o Centro Pop Rua, localizado na Avenida Pedro Mocelin, 421-B – ao lado do CREAS Sul, próximo ao Campo Municipal, no Bairro Cinquentenário ou acionar a abordagem social das equipes técnicas da FAS pelo telefone (54) 984.038.864.