
Em Caxias do Sul, o maior apelo pelo retorno das atividades escolares parte das escolas privadas de Educação Infantil. A prefeitura já recebeu protocolos de 180 instituições de ensino para a retomada das aulas. Dessas, a estimativa é que em torno de 140 sejam do primeiro nível de ensino. No entanto, nenhuma teve a avaliação concluída e, por isso, todas têm de ficar fechadas. Os dados são da Secretaria de Urbanismo.
No final de julho, a administração municipal sinalizou que liberaria as atividades para quem apresentasse o documento com as medidas para garantir a segurança sanitária quando a cidade estivesse na bandeira laranja ou na vermelha do Modelo de Distanciamento Controlado do Estado. Porém, os processos seguem em tramitação e nenhuma escola foi autorizada a retomar as aulas. De acordo com o secretário do Urbanismo, João Uez, a demora para a liberação dos protocolos é de ao menos 25 dias.
Leia mais
Professores da rede pública de Caxias apoiam adiamento da volta às aulas
Sinpré diz que vai contestar o adiamento do retorno às aulas nas escolas infantis
Estado desiste de volta às aulas na próxima segunda e vai apresentar novo calendário, diz presidente da Amesne
Associação de municípios da Serra defende volta às aulas
A presidente do Sindicato das Instituições Pré-Escolares Particulares de Caxias do Sul (Sinpré), Christiane Welter Pereira, diz que já há escolas que apresentaram a documentação há mais de 30 dias e ainda esperam uma resposta. Por isso, a entidade quer uma nova reunião com a administração municipal para tratar do assunto.
— É um tempo bem longo que a gente tem feito isso. Na verdade, a Educação Infantil em Caxias tem plano de contingência elaborado desde abril e que não ficou muito diferente daquilo determinado pela portaria (documento que define medidas de cuidados para evitar o contágio) — afirma.
Segundo ela, 40% das famílias fazem contato constante com as escolas para cobrar a volta às aulas, por já terem voltado ao mercado de trabalho e não terem onde deixar as crianças. A expectativa dos proprietários era poder retornar na próxima semana, com a definição do calendário escolar por parte do Estado. Mas o Piratini voltou atrás e, agora, o cronograma deve começar apenas em setembro.
O Sinpré leva nesta quarta-feira (26) uma contestação ao adiamento do calendário de retorno ao Governo do Estado à Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e à prefeitura. A argumentação é de que as escolas privadas adotaram todas as medidas definidas pelo poder público e estão prontas para o retorno com a maior segurança possível.


