A Secretaria do Meio Ambiente de Caxias do Sul contratou serviços de cremação para moradores da cidade devido à pandemia de coronavírus. A medida é voltada para famílias cadastradas na Fundação de Assistência Social (FAS).
O contrato, firmado com o Grupo L Formolo, prevê a disponibilidade de 60 cremações ao custo de R$ 1.985 cada, pagos pelo município. O serviço inclui a remoção do corpo, o transporte, a cremação em si e a devolução das cinzas. O total do contrato é de R$ 119,1 mil, mas o serviço será acionado de acordo com a demanda e o pagamento será correspondente à utilização. Caso a necessidade ultrapasse as 60 cremações, o contrato poderá ser ampliado.
De acordo com o secretário Nério Susin, a medida foi tomada de forma preventiva, caso seja registrado um aumento abrupto na necessidade de sepultamentos na cidade em função de mortes por coronavírus. Dessa forma, a cremação ajudaria a aliviar a demanda por gavetas nos cemitérios públicos. O contrato é destinado apenas a vítimas de covid-19.
- Temos que nos preparar para o pior cenário possível. Você não espera o falecimento, ele acontece. E a partir do momento que aconteceu não há muito tempo para decidir para onde destinar o corpo - explica o secretário.
Ainda que o setor funerário de Caxias esteja longe do colapso, na avaliação de Susin, as cremações já estão disponíveis para o público beneficiado. Nesse caso, as famílias devem optar pelo serviço ou o sepultamento tradicional.
O município já possuía contrato de cremação, mas apenas para restos mortais, que é utilizado quando os corpos são removidos dos túmulos públicos, após o prazo máximo de cinco anos, e as famílias não têm outra destinação para dar. Outra situação em que a cremação ocorre é quando o município não consegue contato com os familiares. Além disso, conforme Susin, a FAS também oferece suporte em casos em que a morte teve outras causas que não por covid-19.