Foi bem sucedido o procedimento cardíaco inovador realizado na manhã desta sexta-feira (17) no Hospital Geral, em Caxias do Sul. No início da noite, o paciente já conseguia ficar sentado. Dentro de uma semana, ele poderá retomar as atividades do dia a dia.
A troca de válvula aórtica mini-invasiva não é uma novidade, mas desta vez contou com a utilização de uma prótese da Edwards Inspiris Resilia. Até então, o material só havia sido usado em um procedimento no país, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Essa prótese não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um lançamento do laboratório Edwards, que fez a doação do material para o HG.
Conforme o médico Rodrigo Vilanova Brasil, a vantagem deste tipo de procedimento é que ela causa menos dor e menor risco de infecção. A recuperação é bem mais rápida.
— Na cirurgia convencional, tu serras o osso do peito e isso gera muitos traumas ao paciente. Ele tem muita dor no pós-operatório, tem risco maior de infecção. Ele pode retomar atividades que exigem mais esforço em 45, 60 dias. Neste procedimento, tu não serras o osso. Essa cirurgia não deixa com dor, tem menor risco de infecção. Além disso, na operação convencional, o paciente fica de dois a três dias na UTI. Neste, fica um dia — explica Brasil, responsável pelo procedimento realizado no HG, ao lado do médico Guilherme Winter.