Os 25 hospitais da Serra intensificam ações e criam estratégias para encarar a epidemia de coronavírus. São seis instituições de saúde em Caxias do Sul e outras 19 em cidades da região. Entre as medidas está a separação de leitos para receber pacientes e aquisição de aparelhos ou remodelação de estruturas e de suportes para que sirvam de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel até que os pacientes com quadro grave de falta de ar sejam transferidos para o hospital que é referência para o atendimento. No entanto, ainda não há um número oficial de quantos novos leitos serão criados ou destinados aos pacientes infectados na região.
Outra estratégia é a criação de hospitais de campanha em Antônio Prado, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha e Vacaria para ampliar a capacidade de atendimento. Em outros municípios, os administradores das instituições e os secretários e prefeitos também avaliam estruturas que podem ser transformadas em unidades de atendimento para combater o avanço da doença.
Além disso, a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (5ª CRS) contatou as instituições hospitalares que se enquadram na portaria do Ministério da Saúde que autoriza a utilização de leitos de hospitais de pequeno porte para cuidados prolongados em atendimento dos pacientes grave que deixaram a UTI e leitos de enfermaria de hospitais de referência ao coronavírus. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, no dia 26 de março. Poderão ser contemplados hospitais de 31 a 49 leitos, desde que haja atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). Os hospitais devem responder se aceitam ou não a habilitação nesta sexta-feira (3).
— Cada hospital tem um perfil de equipe e atendimento e estão se organizando para atender os pacientes infectados com o vírus. Contatamos os hospitais para ver quais deles aceitam a habilitação à portaria do Ministério da Saúde e cada instituição está avaliando — explica a titular da 5ª CRS, Tatiane Misturini Fiorio.
A coordenadora regional ressalta que os leitos já estão sendo preparados e os hospitais fortalecendo medidas para encarar o vírus.
— Se os hospitais aderirem à portaria o que muda é a regulação de leitos. De qualquer forma, as cidades estão se preparando para prestar o primeiro atendimento e, se necessário, encaminhar o paciente para outra instituição caso o quadro seja mais grave. Temos de ter um filtro para mandar apenas os pacientes que precisam para os hospitais maiores. O ideal é o profissional certo atender no momento certo e ter todo o suporte para que esse paciente se recupere bem, e cada hospital dentro do seu perfil irá somar para combater a epidemia.
Ela complementa que diversas portarias estão sendo criadas para garantir o atendimento aos pacientes diagnosticados com coronavírus.
— Os hospitais que não têm UTI estão separando leitos para o atendimento do paciente diagnosticado e que precisa de internação e daquele que passou pela UTI e ainda não pode ter alta.