A prefeitura de Farroupilha suspendeu por 30 dias o contrato para a instalação do cercamento eletrônico no município. Esse é um dos primeiros atos do prefeito em exercício, Pedro Pedrozo (PSB), após assumir o cargo na quarta-feira (11), quando a decisão foi publicada no Diário Oficial do Município. O prefeito Claiton Gonçalves (PDT), que responde a dois processos de impeachment, se afastou em uma licença saúde por tempo indeterminado.
Pela licitação feita no ano passado, a empresa contratada faria a modernização do sistema de semáforos do município, a implantação de câmeras de monitoramento e a instalação de um centro operacional para acompanhar as imagens, entre outros serviços. O sistema escolhido é capaz de realizar a leitura automática de placas de carros, gerando a possibilidade de verificar veículos que foram furtados ou roubados que passam pela cidade.
Leia mais
Câmeras do cercamento eletrônico são instaladas em acessos a Farroupilha
Cercamento eletrônico de Farroupilha e semáforos inteligentes custarão R$ 234 mil por mês
Cercamento eletrônico de Farroupilha será ativado sem autuar motoristas por excesso de velocidade
Os 19 leitores de placas foram colocados em oito pontos de acessos aos municípios no final do ano passado e a previsão era que entrassem em funcionamento até meados de abril. A ideia inicial era usá-los para aplicar multas para quem trafegasse com excesso de velocidade, mas em fevereiro a prefeitura divulgou uma mudança na postura. Ao menos em um primeiro momento, os equipamentos não teriam essa funcionalidade.
O contrato continha um pacote que contempla ainda a implantação de 75 câmeras de vigilância do patrimônio, 10 câmeras que permitem zoom e inclinação, quatro câmeras de reconhecimento facial e semáforos inteligentes - as sinaleiras estariam habilitadas a autuar motoristas que furam o sinal vermelho ou param sobre a faixa de segurança, o que também não seria ativado inicialmente.
O valor do contrato é de R$ 2,8 milhões. Em coletiva na tarde desta quinta-feira, o prefeito em exercício afirmou que a suspensão ocorre para avaliação do contrato. Ressaltou que não há suspeitas de irregularidades, mas que como houve manifestações contrárias sobre as multas, adiantou que não pretende aplicar as penalidades.