Entregue ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT) no final do ano passado, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVETEA) sobre a extensão da Rodovia do Parque está em avaliação pelos técnicos do órgão do governo federal. A previsão da autarquia é que essa análise seja concluída até o fim de março. Por enquanto, o DNIT diz que é possível afirmar apenas que o documento apontou a possibilidade de implantação do segundo trecho da BR-448, entre Sapucaia do Sul e Portão.
A extensão de 18,7 quilômetros também é conhecida como Rodovia da Serra, porque permitirá o deslocamento entre as duas regiões mais industrializadas do Estado sem a necessidade de se utilizar a BR-116. A ligação da Serra à Região Metropolitana de Porto Alegre pela BR-448 poderá ainda aliviar o trânsito no Vale dos Sinos.
"Após a análise e aprovação do relatório do EVETEA, o DNIT inicia o processo para licitar o projeto. Somente a partir do projeto será possível estimar custos e valores deste novo traçado", diz a nota do órgão enviada à reportagem.
Leia mais
Extensão da Rodovia do Parque terá estudo de viabilidade concluído até o fim do ano
Rodovia da Serra ainda é aguardada por empresários da região
Bancada gaúcha destina R$ 10 milhões para estudos sobre extensão da Rodovia do Parque
O estudo foi retomado na metade do ano passado, após o governo assinar a ordem de reinício dos trabalhos no dia 28 de junho. A obra chegou a ser anunciada em 2013 e teve a licitação lançada no ano seguinte. No entanto, o edital foi cancelado e, desde então, nunca mais foi publicado.
Abaixo-assinado
Para mostrar ao governo federal o apoio popular à obra, a Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra) criou um abaixo-assinado em que reivindica a extensão da rodovia. O objetivo é conseguir 400 mil assinaturas até o final de março para depois levar o documento ao presidente Jair Bolsonaro.
O presidente da CICS Serra, Edson Morello, explica que a dificuldade de tráfego na BR-116 impacta nos custos para as empresas da região. Além disso, salienta que há um impacto social, como no caso de transporte de pacientes que ficam parados no trânsito em momentos de congestionamento.
— O pior gargalo hoje no Estado é a BR-116, na Sharlau (bairro de São Leopoldo). É um gargalo que não dá mais para aguentar — comenta.
Conforme Morello, o abaixo-assinado circula, além da Serra, em municípios do Vale dos Sinos e do Vale do Caí. Os interessados podem encontrar o documento em entidades empresariais, como as Câmaras de Indústria, Comércio e Serviços (CICS), e também em pontos do comércio.