A licitação para obras no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, atrasou mais uma vez e só deve ser lançada em outubro. A previsão anterior era que o processo licitatório ocorresse em julho, o que já significaria um atraso em relação ao acordo inicial. Durante a ocupação de alunos em 2016, ficou definido que as intervenções começariam em meados de 2017.
Segundo a secretária-adjunta de Planejamento, Governança e Gestão do Estado, Melissa Custodio, o novo atraso é resultado da necessidade de ajustes no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). Os bombeiros pediram adequações que tiveram de ser encaminhadas para a empresa contratada para desenvolver o projeto de reforma e ampliação. De acordo com Melissa, essa fase tem de ser concluída até 17 de setembro. Depois, 10 técnicos da força-tarefa terão até 10 dias para analisar o projeto. A previsão, com isso, é que a licitação possa ser lançada até 5 de outubro.
Como a obra é considerada prioritária, Melissa afirma que haverá maior celeridade na tramitação interna. A projeção é ter uma empresa escolhida em até 45 dias se a licitação correr normalmente - sem recursos e com interessados. A secretária-adjunta afirma que, paralelamente, já estão em andamento pedidos de liberação da obra e de podas junto à prefeitura de Caxias do Sul. O objetivo é iniciar os trabalhos assim que houver a empresa licitada, sem que ocorram períodos de parada durante os trabalhos.
Melissa explica que o principal motivo para os atrasos é a contratação de uma empresa para projetar a obra. As alterações têm de ser feitas pela terceirizada e avaliadas por técnicos servidores. Isso faz com que o projeto fique transitando entre os órgãos públicos e a iniciativa privada.
Serão 3 mil metros quadrados de ampliação e outros 10 mil metros quadrados que passarão por reformas. Ao todo, o prédio tem 25 mil metros quadrados. A obra está orçada em R$ 27 milhões. O Estado pretende usar verba do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Conforme Melissa, o contrato, que encerraria em fevereiro, foi prorrogado até maio. É o prazo para as obras. Ainda assim, a secretária afirma que o governo estadual também vai incluir as intervenções na escola no orçamento de 2019, com o objetivo de garantir os trabalhos.
O Cristóvão foi construído na década de 1960. A última vez que passou por reformas foi em 1991. O colégio estava incluído no extinto Plano de Necessidades de Obras (PNO), lançado em 2012. São essas as intervenções ainda pendentes. Inicialmente, o orçamento era de R$ 5 milhões. Depende dessa reforma a liberação do auditório, que está interditado desde 2013.
No próximo dia 15, uma audiência pública vai tratar da situação da escola. A reunião começa às 9h, no próprio instituto.