O narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenez Pavão, considerado pela Polícia Federal como o maior fornecedor de cocaína do Brasil na fronteira entre Juan Pedro Caballero e Ponta Porã (MS), deve participar de audiência na 5ª Vara Federal de Caxias do Sul na tarde desta segunda-feira. O procedimento ocorrerá via videoconferência.
Além de Pavão, outros seis réus estão vinculados no processo, incluindo o caxiense Maicon Carvalho Souza, o Abacaxi, e Michel Pacheco, que seriam líderes da quadrilha apontada como a principal fornecedora de cocaína da Serra, e elo direto de Pavão na distribuição da droga na região.
Apenas dois dos sete réus envolvidos na denúncia devem comparecer presencialmente na audiência.
Jarvis Chimenez Pavão já foi alvo de, pelo menos, quatro investigações da Polícia Federal gaúcha. A primeira delas, a Matriz, foi deflagrada em novembro de 2010 pela PF de Caxias. Pavão é considerado herdeiro do traficante Fernandinho Beira-Mar e seria o principal fornecedor de drogas para as principais facções do Sul e do Sudeste brasileiro.
Apesar do renome, ele cumpriu apenas uma pena de oito anos no Paraguai. Naquele país, ele foi denunciado por complô no assassinato do, na época, seu maior rival, Jorge Rafael Rafaat, em julho de 2016. Na ocasião, Rafaat e dois guarda-costas foram executados com tiros de uma metralhadora calibre .50.
A relação de Pavão com Caxias do Sul foi mostrada pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a Operação Coroa, que desmantelou uma quadrilha apontada como a principal fornecedora de cocaína na Serra. O alvo da investigação era Maicon Carvalho Souza, 27, o Abacaxi, morador de Caxias do Sul que foi preso no Mato Grosso do Sul.
Ele foi preso em Ponta Porã (MS) no dia 29 de agosto com outros dois investigados, Ronei Ojeda e Osmar Andre Gimenez Cano, que seriam contatos dele naquele Estado, perto da fronteira com o Paraguai. Os três, conforme a investigação, negociavam com Pavão.