Por causa de constantes reclamações em relação ao cheiro e sabor da água em Farroupilha, a prefeitura decidiu solicitar análises próprias da qualidade do abastecimento na cidade. A concessionária do serviço é a Corsan e produz relatórios mensais que são repassados ao município para comprovar a potabilidade da água. Conforme a coordenadora da Vigilância Sanitária, Giselle Rombaldi, esses relatórios mostram que a água que chega nas torneiras está dentro dos parâmetros exigidos pela legislação.
Ainda assim, o prefeito Claiton Gonçalves considera que é necessário buscar uma confirmação. O processo para a contratação do laboratório está em fase de orçamentos. A estimativa da Secretaria da Saúde é que o custo possa ultrapassar os R$ 50 mil. A ideia é verificar a água bruta e a água tratada dos dois mananciais, nas localidades da Julieta e do Burati. Serão 85 parâmetros analisados. Segundo Giselle, essas mesmas avaliações são feitas semestralmente pela Corsan.
O gerente da Unidade de Farroupilha, Álvaro Jacobsen, garante que a água tratada é potável e não causa risco à saúde dos consumidores. Mas diz que a poluição afeta mananciais de centros urbanos, o que não é diferente em Farroupilha. Segundo ele, a preocupação maior é em relação à barragem da Julieta.
Hoje, o município não tem qualquer percentual de esgoto tratado, o que também impacta nos mananciais. Mas existe um projeto para iniciar o tratamento nos próximos anos. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no bairro Santa Catarina está com 24% das obras prontas. A previsão é que seja concluída em setembro de 2019. Só que ainda é necessário fazer a tubulação e, conforme Jacobsen, ainda não existe empresa contratada.