Sem qualquer apoio financeiro que não o investimento próprio, tanto a Rio do Vento Hidroponia quanto a Cantina Tonet são duas referências do turismo caxiense que têm se mantido ativas diante da baixa no setor.
Na Rio do Vento, os morangos hidropônicos cultivados ao som de um variado repertório musical têm atraído o interesse do público da Serra e de fora do Estado há mais de 10 anos. O projeto foi todo pensado pelo empresário Maurício Fedrizzi e segmenta-se em três frentes: o cultivo da fruta, uma hospedaria e um restaurante.
– A gente nunca contou com a participação de órgãos públicos. Tivemos de fazer desde a energia elétrica, estrada e água. Então, não se tem apoio nessa área. Tanto que não tem telefonia e nem ônibus passa aqui. A gente tem que lidar com essa falta de infraestrutura – desabafa.
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Caxias do Sul não recebe recursos para o turismo desde 2013
Abrindo diariamente, incluindo finais de semana, a procura se mantém estável este ano, segundo a funcionária Márcia da Paz.
– Já teve final de semana que mais de mil pessoas passaram aqui. Às vezes, tem fila de espera no domingo. As pessoas ficam no jardim. É um espaço de bem-estar e lazer – lembra.
Mesmo inserido no setor de lazer e gastronomia, na visão de Fedrizzi o turismo na cidade vem ficando cada fez mais fraco:
– Para mim, Caxias perdeu o bonde e agora não tem mais como competir com Gramado, Bento e Cambará, que estão anos luz à frente. O que basta para o município é se consolidar como polo central da Serra.
Sem recursos
Sem apoio público, empresários de Caxias investem recursos próprios para incentivar o turismo
Enquanto isso, Gramado já encaminhou 11 projetos no segmento do turismo. Dois já foram aprovados
Camila Freitas
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