Mateus Frazão
O drama para manter o atendimento no Lar da Velhice São Francisco, em Caxias do Sul, não é novidade. A instituição que acolhe 70 idosos em situação de vulnerabilidade social, tem grandes dificuldades em obter recursos para o custeio dos serviços e funcionários.
Atualmente, mais de 100 contratados prestam diferentes trabalhos e revezam escalas com voluntários. Embora os gastos com pessoal sejam menores em razão da faixa salarial ser reduzida, ainda assim, o funcionamento depende diretamente das doações que diminuíram diante do contexto econômico atual.
– Temos que vender o almoço para comprar a janta. A folha do mês que vem fecha no dia 5 e ainda não temos nem metade do necessário para pagar a todos – exemplifica o administrador João Batista Horstmann.
Devido à queda de contribuições espontâneas, a própria instituição organiza eventos esporádicos. No dia 15 de julho está programado o 2º Chá Beneficente, no Salão da Igreja São Pelegrino.
– No último ano conseguimos arrecadar cerca de R$ 15 mil. Nesta edição pretendemos superar esse valor que representa 10% da folha salarial, mas já ajuda bastante.
Ao adquirir ingresso por R$ 45, o participante poderá usufruir de chá, salgadinhos e doces.
– O consumo é simbólico. O principal propósito é mesmo sensibilizar a comunidade e reforçar a necessidade da doação. Atualmente, a entidade possui mais de mil colaboradores, que contribuem com valores entre R$ 10 a mais de mil reais. Ainda assim, as demandas do serviço exigem cada vez mais recursos.
– Fechamos 2015 e 2016 no vermelho. Nossos parceiros são fiéis e a comunidade é solidária. Porém, mais de 50% do nossos beneficiários são dependentes do mais alto grau e precisam de atendimento constante, o que é bastante custoso – ressalta Horstmann.
- Mais sobre:
- destaque pioneiro
- caxias do sul
- lar da velhice