Quando o tempo virou e transformou-se em aguaceiro, o poncho abriu-se em asas e o chimarrão veio mais cedo para Claudino Lopes de Moura, 44 anos. Gaúcho de Santana do Livramento, aquerenciou-se em Caxias buscando por oportunidades. Laçador e irmão de ginete, na Serra há 10 anos, teve que largar o laço - é alto o custo para manter um cavalo na cidade - mas não as origens campeiras. Nos Pavilhões, nesta quinta, enquanto os acampamentos era montados abaixo d'água para a Semana Farroupilha, Moura olhava o céu e dizia, com voz mansa.
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- Gaúcho não tem medo de tempo feio. Quer mordomia, fica em casa - falou ele, acampado desde domingo, quase uma semana antes de iniciar a programação.
Zelador de condomínio, tirou 15 dias de férias para ser o caseiro e o cozinheiro do piquete Amigos do Rio Grande. Como ele, o amigo e vizinho de acampamento Lucas Bareta, 21 anos, circula há cinco dias pelo lugar. A eles, devem-se juntar outros 300 acampamentos.
Tradição
Semana Farroupilha de Caxias abre as portas para a gauchada
Chimarrão esquentou a gauderiada durante montagem de acampamentos
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