Na segunda semana de protesto em frente ao Grupo Voges, em Caxias do Sul, o clima ficou tenso entre ex-funcionários e seguranças contratados pela empresa. Com pessoal extra, na manhã desta sexta-feira foi feito um cordão de isolamento entre os manifestantes e os trabalhadores que tentavam ingressar na sede da indústria. Houve empurra-empurra.
No início da manhã, como fazem desde a semana passada, ex-funcionários bloquearam a entrada da Voges. Desta vez, a empresa contratou uma empresa de segurança privada para garantir que quem quisesse trabalhar conseguisse chegar ao local. Para isso, abriram caminho entre as dezenas de pessoas que fechavam o portão principal.
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Alguns ex-funcionários alegam que foram agredidos pelos seguranças. Eliane Costa Cruz explica que os manifestantes fizeram um cordão na porta, mas foram empurrados com violência pelos seguranças.
- Chegaram empurrando, machucando. Eu estou machucada aqui no ombro, porque um colocou o cotovelo. Achei que ia desmaiar - diz a ex-funcionária.
A advogada da Voges, Aline Babetzki, afirma que não houve violência. De acordo com ela, a equipe de segurança apenas garantiu a entrada dos funcionários que ainda trabalham no local para garantir a produção e tentar evitar a falência da empresa, que já está em processo de recuperação judicial e não abria desde o dia 6 por causa dos protestos.
Os manifestantes afirmam que ainda não receberam o pagamento integral do salário de julho. A advogada da Voges diz que a empresa cumpriu com o que foi acordado no momento da rescisão dos contratos.
Manifestação
Clima tenso marca protesto de ex-funcionários da Voges, em Caxias do Sul
Seguranças foram contratados pela empresa para garantir a entrada dos trabalhadores
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