Tomara nenhum integrante do Estado Islâmico (EI) seja um dos 17 leitores desta coluna.
Caso seja, meu pescoço corre risco mais que real.
Espero, também, que nenhum dos preconceituosos racistas que arrotam impropérios nas redes sociais engrosse o grupinho dos 17.
Caso integre, serei apedrejado no face, de novo.
De todo modo, correrei o risco de caso pensado.
Os senegaleses que peregrinaram a Caravaggio.
Os senegaleses que peregrinaram a Caravaggio professam a fé do Islamismo, religião do EI empregada como justificativa para os horrores perpetrados na fatia oriental do planeta, com (ainda) alguns poucos respingos aqui no Ocidente.
Os senegaleses islâmicos deram exemplo para todos.
No bom sentido, todos devemos nos chocar, cair de quatro, refletir sobre o gesto desse grupo que se imiscuiu, com respeito, num assunto extremamente regional, católico, importante demais para o povo serrano, predominantemente branco e cristão, notadamente católico.
Pretos, africanos, imigrantes e muçulmanos.
Isoladas ou somadas, são características suficientes para produzir desconfianças nesse brasilzão que se diz aberto e ecumênico mas que mal disfarça a outra face, aquela face exibida nos faces da vida.
Os pretos imigrantes muçulmanos que peregrinaram a Caravaggio são os caras, são os personagens da 136ª Romaria.
Não bastasse a paisagem da romaria ter se diversificado, o lema da festa de 2015 é Não Tenhais Medo, Anunciai a Paz.
Faz todo o sentido.
Pensando melhor, tomara, sim, que algum terrorista do EI fique sabendo que alguns companheiros do Islã estão causando o bem do lado de cá do planeta.
E sobre os radicais do face, bem..., melhor deixá-los resmungando isolados em seu mundinho.
Eles se merecem.
Um dia a ficha cai.
Oremos.
Opinião
Gilberto Blume: os senegaleses islâmicos deram exemplo para todos
Os pretos imigrantes muçulmanos que peregrinaram a Caravaggio são os caras, são os personagens da 136ª Romaria
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