Vandalismo preocupa comunidade da Escola Municipal Dezenove de Abril, em Caxias

Precisou de um princípio de incêndio para que as autoridades olhassem para a Escola Municipal Dezenove de Abril, no bairro Cidade Industrial de Caxias do Sul. Há anos, a comunidade escolar reclama dos atos de vandalismo no prédio.

Durante as madrugadas, as paredes são pichadas, os vidros quebrados e o pátio da escola chega a ser utilizado por usuários de drogas. Há um mês, ocorreu o fato mais grave. Na madrugada de 12 de julho, vândalos colocaram fogo nas telhas de vidro de um espaço coberto. As chamas atingiram as madeiras do beiral do telhado, que caíram e impediram que o fogo se alastrasse. Por pouco, o estrago não foi maior.

Depois disso, a comunidade organizou uma manifestação em frente à escola, com faixas e cartazes. O Conselho de Pais e Mestres (CPM) e a associação do bairro contrataram os serviços de uma empresa de monitoramento para fazer a segurança da escola. Em reunião no sábado, a Secretaria da Educação prometeu melhorias. Ontem, iniciaram os reparos da área coberta danificada pelo princípio de incêndio. A Guarda Municipal fez levantamento para a instalação de câmeras na escola. O orçamento será enviado à associação de bairros e Câmara de Vereadores. Porém, a principal reivindicação segue sem resposta.

- A escola é cercada por tela. Eles (os vândalos) cortam a tela, fazem buracos e entram. É uma questão de segurança, inclusive para os próprios alunos. Queremos que a escola seja cercada e o fechamento da área coberta - explica Jandira Alves, do conselho da associação de moradores e mãe de um aluno de seis anos.

Por muitos anos, o colégio enfrentou um dilema. A quadra da escola é a única no bairro. Para que a comunidade pudesse usufruir dela, o portão que dá acesso a ela ficava aberto após o horário das aulas e nos finais de semana. Devido às depredações, em 2013, a escola passou a deixar o portão fechado. Foi aí que que aumentaram os buracos feitos na tela e as depredações.

- Depois que os pais contrataram a empresa de monitoramento, passamos a deixar o portão aberto das 18h até às 21h30min e nos finais de semana até às 21h30min. Nesse horário, o próprio guarda fecha o portão. A Guarda Municipal visita a escola com frequência também - conta a diretora Karla Dutra Pozenato.

O diretor de infraestrutura da secretaria da Educação, Jorge Dutra, disse que a escola faz divisa com uma praça de responsabilidade da secretaria de Esporte e Lazer e que o cercamento irá exigir uma esforço em conjunto das duas pastas.