Em um cenário de comoção, com rostos incrédulos e lamentações, iniciou na noite desta terça-feira o velório do professor e triatleta caxiense Tiago Pereira, no Memorial São José, em Caxias do Sul. O sepultamento ocorre nesta quarta-feira, às 16h, no Cemitério Santos Anjos, no Bairro Bela Vista.
Tiago morreu após receber um choque elétrico ao término de uma prova de triatlo em Brasília, no domingo. Após o incidente, por volta das 13h30min, em evento organizado pela Latin Sports, ele foi socorrido ao Hospital de Base, mas não resistiu e faleceu em menos de duas horas, vítima de parada cardíaca em decorrência da descarga elétrica.
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Nesta terça, muitos amigos, companheiros de profissão e alunos que conviveram com Tiago prestaram as últimas homenagens ao atleta. O clima era de inconformidade, tristeza e indignação pela forma como ocorreu a fatalidade.
Ramon Gomes, 18 anos, um dos atletas que vestia a camisa da Associação Serrana de Desportos Aquáticos (Asda), onde Tiago era professor, destacou como era o dia-a-dia dele nos treinos e provas.
- Ele passava da barreira entre professor e aluno. Era um amigo. Um cara muito competente, que sempre buscava fazer com que os seus atletas tivessem bons resultados. Estava sempre nos dando suporte para que isso acontecesse - diz Raone.
O técnico Ênio Guimarães considerava Tiago como um irmão mais novo. Ele o conheceu ainda garoto e foi seu treinador quando ele apenas competia na natação. Depois, se tornaram grandes amigos e acabaram sócios em uma academia de Bento Gonçalves. Emocionado, ele falou sobre o triatleta:
- É uma coisa muito brutal. Difícil de acreditar. O Tiago era um cara honesto, determinado e com um grande caráter. Valorizava muito a família.
