Desde os primórdios da colonização, a Praça Dante Alighieri foi cenário de alguns dos acontecimentos mais importantes da história de Caxias.
As mudanças do espaço acompanharam a evolução dos costumes e o desenvolvimento socioeconômico. Porém, nem sempre algumas modificações agradaram. Confira a cronologia:
- Até 1880, não há registros de que tenha havido algum trabalho para melhorar o terreno da Praça Dante, acidentado e cheio de pequenas vertentes
- Em 1882, a praça foi cercada com balaústres (lados norte, leste e oeste)
- Na administração do intendente Campos Júnior (1895/1902), a Praça Dante ganhou nova organização, com a construção de quiosques, um muro de pedra e uma cerca.
- Os intendentes Serafim Terra (1905/06) e Vicente Rovea (1906/07) promoveram diversas obras de embelezamento.
- Em 1912, o então intendente Penna de Moraes mandou retirar os quiosques e promoveu a primeira grande reforma, montando um plano específico de obras. Situada sobre uma pedreira, a praça precisou de muita dinamite até ser entregue à população, em 15 de novembro de 1914, nivelada e ajardinada com flores e plátanos.
- Em 1927, o intendente Celeste Gobbato decidiu iniciar obras de remodelação da praça. Para isso, foi contratada uma equipe especial, com engenheiro agrônomo, arquiteto e jardineiro. As obras seguiram lentas pelas administrações de Thomaz Beltrão de Queiroz e Miguel Muratore. Dante Marcucci concluiu a praça em 1937.
- Durante a Segunda Guerra Mundial (1939/1945), em função da onda nacionalista e da proibição do idioma italiano, a praça mudou de nome, passando a se chamar Rui Barbosa. Em 1942, representantes locais da Liga de Defesa Nacional arrancaram a placa da Praça Dante, colocando uma com o nome de Rui Barbosa. Em1948, ela foi oficialmente reconhecida como tal. A praça central da cidade só voltou a se chamar Dante Alighieri em 12 de junho de 1990.
- Em dezembro de 1979, concluíram-se as obras iniciadas no ano anterior, e foi inaugurado o calçadão da praça.
- Em 2002, o calçadão foi assunto de audiências públicas, nas quais não houve consenso. A prefeitura, então, anunciou que faria uma consulta popular, mas depois abandonou a ideia, em maio de 2003, confirmando a abertura da Júlio ao tráfego.
fontes: livros Casas de Negócio _ 125 Anos de Imigração Italiana e o Comércio Regional, de Loraine Slomp Giron e Heloisa Eberle Bergamaschi, e Construindo Uma Cidade _História de Caxias do Sul _ 1875/1950, de Maria Abel Machado