O corpo da jovem de 11 anos, morta acidentalmente a tiros disparados pela irmã de 13 anos, é transferido de uma capela de Bento Gonçalves para Viadutos, cidade de onde é natural, durante o sábado. No velório, ocorrido durante o meio-dia, poucos familiares e amigos se despediam da garota. Ainda assim, o ambiente era de desespero.
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O padastro da jovem, vigia responsável pelo revólver que alvejou a adolescente, estava em estado de choque, uma vez que convivia com a menina há aproximadamente oito anos. A irmã responsável pelos disparos e a mãe das adolescentes estavam medicadas. O vigia e padastro das adolescentes conversou com o Pioneiro.
Pioneiro: Há quanto tempo vocês viviam juntos?
Padastro: Eu criava ela há oito anos. Era como filha, o pai biológico dela já é falecido.
Pioneiro: E como aconteceu essa tragédia?
Padastro: Eu precisava fazer a ronda. Saí por uns segundinhos para anotar a placa de um caminhão, até porque estava a serviço, e deixei elas por um momento sozinhas, com a mãe. Íamos comer um xis.
Pioneiro: E o senhor sempre portava a arma?
Padastro: Sim. A arma estava na gaveta, guardada. Não sei porque ela mexeu. Não deu tempo de avisar pra não fazer nada. Tudo aconteceu em menos de um minuto.
Pioneiro: E o que deve acontecer agora?
Padastro: Estamos desolados, não caiu a ficha de ninguém. A família toda está em estado de choque. Vamos a Viadutos enterrar ela, onde temos uma gavetinha, e depois pensamos nas consequências.
Tragédia em Bento
"Tudo aconteceu em menos de um minuto", confessa padrasto de jovem morta acidentalmente em Bento Gonçalves
A irmã responsável pelos disparos e a mãe das adolescentes estavam medicadas
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