O homem investigado pela Operação Teseu em Caxias do Sul negou à imprensa qualquer envolvimento com o esquema. Ele compareceu no CFC onde a polícia cumpriu mandado pouco após os agentes irem embora. O servidor público, de 61 anos, é suspeito de ter sido favorecido por dois examinadores. Ele faltaria às aulas práticas, mas receberia presença.
O aluno recebeu a habilitação provisória em 2011, após pouco mais de um ano de aulas. Antes de buscar atendimento no CFC onde a polícia compareceu nesta terça, ele passou por outros dois. Nenhum, de acordo com o investigado, tinha horário disponível para as aulas.
Há pouco mais de um mês, o homem recebeu uma convocação do Detran para refazer a prova, mas não compareceu.
- Não fui porque não tinha que ir. Já tinha minha carteira _ enfatizou.
O servidor teve a carteira definitiva emitida no ano passado e nega, inclusive, conhecer os dois examinadores investigados.
- Já peguei advogado e entrei com petição contra o Detran. Tenho a consciência tranquila de que fiz as aulas e passei. Se tem algo, é com quem examina, mas o rapaz que foi comigo exigiu tudo - afirmou.
O sócio proprietário do CFC disse ter se surpreendido com o cumprimento do mandado no estabelecimento. Conforme ele, o aluno fez parte das aulas práticas e o exame final no estabelecimento. Depois da solicitação do Detran, a prova foi organizada mas o homem não compareceu. De acordo com as primeiras investigações, o CFC não tem envolvimento na fraude.
- Estou perplexo. Nem sei do que se trata. O aluno veio de outro CFC, fez algumas aulas práticas e o exame - afirmou.
Fraude de CNH
"Tenho a consciência tranquila", diz aluno de CFC de Caxias investigado na Operação Teseu
Homem negou qualquer envolvimento com esquema de corrupção na emissão de habilitações
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