Apenas no primeiro trimestre de 2013, a 7ª Delegacia Penitenciária Regional apreendeu 71 celulares em oito municípios serranos. Mas o número de detentos que chegaram a utilizar esses aparelhos pode ser ainda maior, se contabilizados os milhares de chips que ainda devem permanecer em posse deles.
O aluguel de aparelhos virou um grande comércio dentro das cadeias. Isso porque o chip não é identificado pelos detectores de metais. Por conta disso, a Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics) tem intensificado as revistas íntimas, além da utilização de três tipos diferentes de detectores.
Na tentativa de driblar o esquema de segurança, visitantes envolvem os celulares com fita isolante, papel carbono ou silicone, antes de introduzi-los na genitália. Outros ainda preferem testar novos materiais, como creme fixador de próteses dentárias, utilizado para "colar" os aparelhos na parede do útero, por exemplo.
- Se ao passar pelos aparelhos houver o sinal da presença de metal, a mulher é convidada a fazer a revista íntima. Ela sobe em um deque de madeira onde deve agachar três vezes. Por isso, muitas usam pastas para fixar os aparelhos internamente. Depois, uma agente da Susepe verifica o canal vaginal. Ninguém é obrigado a fazer, mas se constar a presença de metal, a pessoa não entra - ressalta o delegado regional da Susepe, Roniewerton Pacheco Fernandes.
Sistema carcerário
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