Por praticar o voluntariado de forma exemplar é que duas instituições de ensino da Serra Gaúcha são finalistas de um prêmio nacional: o Escola Voluntária. Dentre quase 500 colégios de oito Estados brasileiros, foram escolhidas a Escola Estadual Reinaldo Cherubini, de Nova Prata, e o Colégio São José, de Caxias do Sul. São as duas únicas instituições gaúchas que irão participar da etapa final do concurso.
O prêmio destinado à escola vencedora será de R$ 15 mil. A segunda colocada irá faturar R$ 10 mil e a terceira receberá R$ 5 mil. As equipes dos dois colégios viajarão para São Paulo se encontrar com as outras oito concorrentes, em novembro. A vencedora será conhecida no dia 27 daquele mês.
Conheça abaixo os projetos desenvolvidos pelas escolas, em uma parceria entre professores e alunos.
Em Caxias do Sul, São José apresenta Amor em Movimento
Em Caxias do Sul, o São José inscreveu no concurso o projeto Amor em Movimento. A proposta faz com que 63 alunos organizem tardes recreativas no Hospital Geral (HG), no Lar do Idoso e na Apae.
Vestindo apetrechos e cheios de disposição de vivenciar uma realidade bastante diferente da deles, os estudantes têm como missão provocar o sorriso de quem está doente ou somente triste.
Eles contam histórias, pintam o rosto, cantam e mudam a rotina - deles e dos pacientes internados. Mensalmente, uma turma de até 20 alunos põe em prática dessa forma o gesto de solidariedade.
A próxima atividade será no dia 5 de setembro. Um desfile beneficente transformará portadores de deficiência intelectual e múltipla em modelos. Eles desfilarão pelas passarelas do Clube Juvenil.
Os trajes serão escolhidos pelos alunos do São José em uma grife da cidade. A entrada custará R$ 5, e o montante será revertido para a compra de uma geladeira.
O eletrodoméstico irá para o Hospital Geral, para que as mães vindas de outras cidade possam deixar estocados alimentos refrigerados.
Em Nova Prata, noções básicas com projeto Inclusão Digital
A Escola Estadual Reinaldo Cherubini representará Nova Prata no concurso. O projeto Inclusão Digital é referência por ensinar a pessoas da comunidade noções básicas de informática.
Além disso, alunos com dificuldades ao lidar com a tecnologia também participam das aulas. Os estudantes transformam-se em professores e procuram se atualizar para dar boas aulas aos pupilos.
Os ensinamentos são práticos: desde o uso de redes sociais até o acesso a contas bancárias. Os alunos atuam como monitores voluntários no contraturno escolar. De tarde, estudantes do 1º ao 5º ano recebem uma forcinha dos monitores: aprendem a digitar, participam de jogos educativos e a lidar com o computador. À noite, são os adultos que participam das aulas. Ao todo, são 37 voluntários que beneficiam mais de 130 pessoas uma vez por semana.
Os pequenos têm até material didático, ofertado aos aprendizes. Ainda há vagas para interessados em participar da oficina.
O projeto existe há três anos e é desenvolvido em parceria com a Tribo Guardiões da Paz, ligada à instituição Parceiros Voluntários.
Educação
Dois colégios da serra gaúcha estão na final do prêmio Escola Voluntária
Projetos desenvolvidos pelas escolas poderão faturar R$ 15 mil
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