As 33 mortes por Gripe A são um indício de que a prevenção não deu certo no Estado. Por esse motivo, secretários municipais de saúde estão empenhados em mudar o calendário da vacinação contra o vírus H1N1 no Sul do país a partir de 2013.
O movimento pretende convencer o Ministério da Saúde a imunizar toda a população do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A mobilização tem contribuição importante de servidores de Caxias do Sul.
Duas farmacêuticas da Secretaria da Saúde foram designadas pelo Conselho das Secretarias Municipal de Saúde (Cosems) do Rio Grande do Sul para investigar a situação no país, apurar quais as dificuldades na distribuição das vacinas e indicar caminhos para fortalecer o movimento frente ao Ministério da Saúde. O conselho tem como vice-presidente a secretaria da Saúde de Caxias, Maria do Rosário Antoniazzi.
Os argumentos do Cosems são plausíveis:
- O perfil dos infectados pelo vírus H1N1 é variado, com predominância de pessoas abaixo dos 60 anos. Ou seja, não haveria mais grupo de risco no Sul como sustenta o governo federal.
- A vacinação em massa conteria a propagação da doença, aliviando a sobrecarga nas redes hospitalares.
- RS, PR e SC devem ser prioridade na campanha de vacinação por conta do inverno rigoroso, a exemplo do tratamento diferenciado para o Norte e Nordeste do Brasil no combate à dengue durante os meses de calor intenso.
- Os gastos para tratar os doentes seriam inferiores se houvesse prevenção. O governo deve investir na fabricação e compra de vacinas. O grupo entende que a distribuição do antiviral Tamiflu como alternativa de combate à Gripe A contraria qualquer política preventiva.
- A quantidade de doentes e de mortes mostra que a campanha de vacinação está longe do ideal. Em 2010, o número de vacinas passou de 5 milhões no Estado e não houve óbitos. Neste ano, com 2 milhões a menos de doses, as mortes voltaram.
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O que é Gripe A?
Prevenção
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