A presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Maria de Lurdes Fontana Grison, a Lurdinha, questiona a necessidade de criação de mais dois Conselhos Tutelares em Caxias do Sul. A cidade já possui dois (macrorregiões Norte e Sul), mas os 10 conselheiros reivindicam a criação de novos, aumentando o número de servidores para 20.
O pedido tem base em uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que sugere um núcleo para cada 100 mil habitantes. A solicitação, feita pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e pela Rede de Atenção à Criança e ao Adolescente (Recria), foi negada pela prefeitura, pelo menos para este ano.
Lurdinha, que tem mais de 20 anos de experiência em assistência social, acredita que é necessário reavaliar as funções dos conselheiros e como elas são exercidas. Ela não concorda com o atual formato das escalas de folgas. Hoje, o conselheiro que faz plantão de 24 horas aos finais de semana ganha outras 24 de folga. A presidente argumenta que nesse período o trabalho é de sobreaviso e que há poucas ocorrências. Na opinião de Lurdinha, o plantonista no fim de semana deve folgar apenas na segunda-feira. Para o servidor que trabalha de sobreaviso no turno da noite, a folga seria na manhã seguinte.
- Simplesmente criar mais Conselhos, no formato como está hoje, não concordo. É preciso repensar. É minha opinião enquanto gestora de políticas sociais - entende.
Segundo a presidente, a reorganização das folgas resultaria em mais tempo hábil para o trabalho. Lurdinha também sugere rever as tarefas realizadas pelos conselheiros. Segundo ela, atualmente os servidores respondem por tarefas que são responsabilidade de outros órgãos.
Infância e Adolescência
Presidente da FAS questiona necessidade de criação de mais dois Conselhos Tutelares em Caxias
Para Maria de Lurdes Fontana Grison, a Lurdinha, são necessárias revisões nos regimes de trabalho e folgas, além do modelo de escolha dos servidores
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