O Ministério do Trabalho de Caxias do Sul autorizou a retomada apenas parcial da instalação das comportas da represa do Arroio Marrecas. A obra está paralisada desde o dia 23 de abril, quando um homem morreu durante a instalação da última das cinco comportas.
Pela decisão anunciada na tarde desta quinta-feira pelo chefe do MT em Caxias, Vanius Corte, a obra só pode ser retomada na parte superior (crista) da barragem de concreto. No meio e na base do paredão de 435 metros, onde é preciso trabalhar com cabos de aço, a obra segue embargada, em razão da falta de assinaturas em documentos e de alguns projetos.
A expectativa da prefeitura, agora frustrada, era retomar a obra na segunda-feira, para poder começar a distribuir água em dezembro. Ainda é preciso concluir e revisar a instalação das comportas, retirar galhos e toras da área do futuro lago, formar o lago e testar a Estação de Tratamento e a rede de distribuição, além de outros equipamentos. Também há uma área de quatro hectares, intocada, que depende de autorização federal para ser alagada.
A represa permitirá o armazenamento de 33 bilhões de litros de água. Com um investimento final previsto de R$ 250 milhões, ela distribuirá 900 litros de água por segundo, beneficiando 250 mil pessoas pelos próximos 15 a 20 anos. Sem ela, há risco de racionamento de água no verão.Uma nova reunião para avaliar a liberação do restante da obra na barragem de concreto deve ocorrer em 10 dias.
Abastecimento
Obra de represa no Arroio Marrecas, em Caxias do Sul, sofre novo revés
Trabalhos estavam iterrompidos desde abril, quando homem morreu durante instalação de comporta
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