Adriano Duarte
O Albergue Municipal, em Caxias do Sul, não recebe homens, mulheres ou famílias há duas semanas. Bombeiros interditaram os fundos da casa de três pisos desde o surgimento de fissuras nas paredes.
A estrutura só será liberada com laudo de engenharia que comprove a segurança. A avaliação deve ser concluída nesta quarta-feira ou quinta-feira. Os transtornos começaram na tarde de 30 de abril. Funcionários foram surpreendidos com forte barulho na sala dos educadores. Lajotas do piso racharam e uma porta se deslocou.
A presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Maria de Lurdes Grison, diz que a casa deixou de receber moradores de rua e outras pessoasl em situação de vulnerabilidade porque a área interditada inclui banheiros e lavanderia. Sem essas opções, fica inviável prestar atendimento adequado.
No momento, 24 pessoas dormem no albergue, entre eles, 15 senegaleses que estão na cidade em busca de emprego. A capacidade é para 33 homens e 10 mulheres. O grupo pode ocupar os leitos, mas os bombeiros não recomendam a permanência na lavanderia, no quarto de isolamento e no pátio dos fundos.
Quem não tem onde ficar está buscando o Centro de Referência Especializado para População de Rua, no bairro Pio X. Ontem, o centro estava com os 19 leitos ocupados. Outra opção de dormitório é a Casa de Apoio Celeiro de Cristo no loteamento Vale Verde, que não possui vínculo com a FAS.
O engenheiro Jair Meneghetti aguarda a limpeza do lote para avaliar se as vigas podem ter sido sido afetadas, o que deve ocorrer nesta quarta-feira.