A quadrilha que fraudava concursos por todo o país e foi desarticulada pela Operação Tormenta da Polícia Federal atuava há 16 anos. Os criminosos foram descobertos por meio de uma investigação de rotina feita pela PF durante o concurso de 2009.
As investigações começaram durante a análise de dados da vida dos candidatos, fase obrigatória do concurso da Polícia Federal. Essa análise faz parte do sistema de proteção adotado pela PF para selecionar os novos agentes.
A quadrilha chegava a cobrar entre R$ 50 mil e US$ 150 mil dos candidatos. No caso do concurso para agente de Polícia Federal os criminosos cobraram US$ 100 mil dos candidatos. Seis candidatos que se formariam nesta sexta-feira na Academia da Polícia Federal foram desligados e serão indiciados por estelionato e receptação.
Doze membros da quadrilha estão presos e serão indiciados por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos. Entre os líderes da quadrilha estão um dono de universidade da região de São Paulo e um policial rodoviário federal.
A PF também descobriu que houve fraude nos concursos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deste ano e da Receita Federal de 1994. Também estão sob investigação da PF os concursos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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Quadrilha que fraudava concursos atuava há 16 anos, diz PF
No concurso para Polícia Federal, os criminosos cobraram US$ 100 mil dos candidatos
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