O confronto entre Caxias e Ypiranga na semifinal do primeiro turno, do Campeonato Gaúcho, marcará um reencontro. O técnico Paulo Henrique Marques e o clube grená. O treinador, que atualmente está no comando do time de Erechim, trabalhou no Caxias na reta final da Série D no ano passado, após a saída de Pingo.
Agora, os dois estarão em lados opostos, porém com o mesmo objetivo: chegar à decisão da Taça Ewaldo Poeta contra o Inter ou Grêmio que disputam a outra semi.
– Normal esse reencontro, assim como foi contra o São Luiz, onde eu tive uma história. No Caxias, eu tive muito pouco tempo. Então, não tem diferença nenhuma – disse Paulo Henrique Marques.
O trabalho destacado no Ypiranga não é o primeiro de sucesso do treinador de 54 anos. Em 2017, Paulo Henrique levou o São Luiz ao acesso. O clube de Ijuí estava há três anos buscando esse objetivo e conseguiu sob o seu comando.
Na temporada seguinte, chegou aos mata-matas do Gauchão e foi eliminado para o vice-campeão gaúcho, o Brasil-Pel. Já no ano passado foi semifinalista, sendo eliminado para o Grêmio, mas colocou o clube com duas competições nacionais: Copa do Brasil e Série D em 2020.
A chegada ao clube de Erechim foi anunciada em setembro do ano passado. Foram dois meses para a montagem do elenco até o início da pré-temporada no meio de novembro. Tudo muito rápido, com resultados, até aqui, imediatos.
– Muito bom pela campanha que estamos fazendo. Acho que acima de que todos esperavam devido ao pouco tempo no clube. Somente dois meses de trabalho. O time passou por uma reestruturação, tem apenas três titulares são do ano passado. Ao todo são oito mudanças. E, claro, principalmente o modo de atuar da equipe que foi alterado. Então, os resultados foram rápidos – analisou o treinador.
Dos quatro semifinalistas do primeiro turno dois permanecem invictos: Internacional e Ypiranga. Além disso, o time de Erechim sofreu apenas um gol em cinco partidas. A defesa do Canarinho foi vazada somente na vitória por 2 a 1 contra o Pelotas, na terceira rodada.
ELOGIOS AO ADVERSÁRIO
Todo o técnico gosta de tempo para trabalhar. No Caxias, Paulo Henrique Marques chegou na semana do confronto das oitavas de final da Série D diante do Cianorte. Além disso, não conseguiu implementar o estilo de jogo que lhe agrada.
– Agora, no Ypiranga, eu tive tempo. No Caxias não. No primeiro jogo, eu tive três treinos. No segundo jogo, uma semana. Então, não era o time do Paulo. Era o time do Pingo. Em dez dias, não ia fazer o time jogar como eu queria. Eu gosto de jogar com pontas, com meia central, não gosto de losango no meio-campo. Agora, a diferença é essa. Tivemos tempo no Ypiranga – lembra Paulo Henrique, que no confronto do próximo domingo, irá encontrar novamente Rafael Lacerda, que foi seu auxiliar no Caxias.
– O Lacerda é um cara inteligente e identificado com o Caxias. No Gauchão tem feito uma campanha muito boa. A vitória contra o Grêmio, fora de casa, deu um respaldo. Chegando na semifinal tem que dar os parabéns. O Caxias tem um estilo de jogo que me agrada.