O pádel da Serra Gaúcha estará representado por sete atletas na Copa do Mundo para Menores, na Espanha, no mês de outubro. Nas categorias Open e Nações, a disputa ocorrerá em quadras da província de Castellon, entre os dias 11 e 18, e o desafio da seleção brasileira será superar os favoritos argentinos, paraguaios, portugueses e espanhóis — donos da casa e tradicionais no esporte.
Nas categorias sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18, Lucas Borges, Isadora de Oliveira e Giulia Bettim, de Bento Gonçalves; Marcelo Moura, Gutho de Mello e Igor Pulita, de Guaporé; e Henrique Rattis, de Farroupilha, foram os jogadores da região selecionados para a equipe brasileira. Com a meta de chegar entre os quatro primeiros, os treinamentos que antecedem a viagem têm sido intensos.
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Osmar Scherer, um técnicos da Seleção e responsável pela convocação da gurizada, acredita que a equipe pode brigar pelo pódio na modalidade Nações.
— Temos como meta principal alcançar a semifinal, então precisamos ganhar de uma das seleções que despontam como favoritas. Treinamos duro e estamos afinando os últimos detalhes táticos, técnicos e de posicionamento, assim como o jogo mental, para ir lá e fazer o melhor possível.
Além dos treinamentos diários feitos em cada cidade, todas as sextas-feiras o grupo se reúne em Bento Gonçalves, na academia Pádel Pro, para atividades específicas comandadas pela professora e também atleta Fernanda Abarzúa. Rotina que será mantida até os dias que antecederem a viagem para o continente europeu.
— Quando nos reunimos, falei para eles que iríamos treinar um pouco de físico, um pouco de técnica e mais volume de jogo, para minimizar os erros. Fora da academia, eles também fazem treinos de coordenação — diz a treinadora, orgulhosa pela convocação dos alunos:
— Alguns eu vi crescer. Estou muito feliz pelo aprendizado e evolução de todos — complementa.
Dificuldades para viabilizar a participação
Convocado pela segunda vez para o Mundial, Lucas Borges vai disputar pela primeira vez a competição.
— Estamos treinando duro para chegar lá, com capacidade de superar os adversários espanhóis e argentinos, que são de um nível superior. Jogo pádel desde os sete anos, mas vai ser a primeira vez em um torneio internacional — comemora.
Na outra oportunidade, o atleta de 18 anos não obteve recursos financeiros para a viagem. Porém, este ano será diferente. Como os custos com transporte, hospedagem, alimentação e uniforme são todos pagos pelos competidores, um grupo de pais se mobilizou em busca de patrocinadores.
— Não é fácil, porque foi tudo de última hora, então as passagens ficaram mais caras. Fizemos rifas, vendemos espaços em camisas e colhemos patrocínios de academias para bancar a viagem — diz Robison Rattis, pai de Henrique Rattis, atleta do sub-12.
Além das questões financeiras, os pais dos competidores têm papel fundamental no entendimento do que é o torneio, como explica Juliano Muller, pai de Giulia, 12 anos:
— Oferecemos todo o suporte para que ela entenda a competição, pois é uma criança. Por isso, acompanhamos no clube, nos treinos e nos torneios estaduais e regionais.
Além da modalidade Nações (por equipe), na modalidade Open os atletas podem formar duplas com jogadores de outros países, promovendo a integração entre os competidores. Até 8 de outubro, data da viagem para a Espanha, a internet será uma importante aliada na busca por vídeos dos adversários (e possíveis companheiros).
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